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Devido ao feriado de 7 de Setembro, a CPI do Mensalão não marcou depoimentos para esta semana. O presidente da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), e o relator, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), decidiram aproveitar esse tempo para montar um banco de dados consistente e informatizado com os documentos recebidos da Receita Federal, das empresas de telefonia, do Banco Central, do Banco do Brasil e de bancos privados como o Banco Rural e o BMG. O trabalho de análise e cruzamento de documentos está sendo feito por técnicos e especialistas do Tribunal de Contas da União, do Banco Central e do próprio Senado. O banco de dados será utilizado também pela CPI dos Correios.
Para Abi-Ackel, somente com uma análise criteriosa dos documentos será possível encontrar as provas cabais de envolvimento de deputados e descobrir as tão procuradas fontes do dinheiro que passou pelas empresas de Marcos Valério antes de ser distribuído aos partidos políticos.
O deputado lembrou que no relatório parcial das duas CPIs, aprovado na semana passada, há o seguinte trecho: "a ninguém convence a versão de que Marcos Valério tenha feito empréstimos milionários ao PT apenas em nome da amizade com o tesoureiro Delúbio Soares. A versão não passa de uma desculpa esfarrapada".
Abi-Ackel disse que, numa fase mais aprofundada das investigações, a CPI do Mensalão poderá contratar uma empresa especializada em análise de documentos e auditorias para dispor de uma segunda opinião sobre as provas identificadas pela equipe formada por integrantes do TCU, do BC e do Senado.
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