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O ministro Jaques Wagner, da Secretaria de Relações Institucionais, disse nesta segunda-feira que "não existe apoio incondicional" do governo ao presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), acusado de cobrar propina para renovar contrato de concessão de um restaurante na Casa. "Não existe apoio incondicional ao presidente Severino, quando se fala do processo investigativo", afirmou. Sobre a ida à casa do presidente da Câmara, na manhã desta segunda-feira, o ministro explicou que a visita foi para cumprir a "tarefa" de estabelecer o relacionamento com os outros poderes. "O presidente Lula já deixou claro: ele acha que tudo tem de ser investigado, independentemente de filiação partidária, nome ou sobrenome - quem tem culpa, tem que pagar", reiterou Wagner no Palácio do Planalto, após encontro com a presidente da Fundação France Libertés, Danielle Mediterrand.
O ministro informou ainda que a preocupação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é que "o processo seja resolvido o mais rápido possível, sem entrar no juízo de valor, para que haja a volta da normalidade das votações na Câmara". Ele contou que após ouvir o relato, no domingo, da entrevista coletiva de Severino Cavalcanti à imprensa, o presidente "manteve a mesma posição: nós não vamos entrar no mérito". E acrescentou: "Essa é uma questão da Câmara. Eu acho que tudo tem de ser feito com severidade, mas com serenidade" ressaltou.
Perícia
O terceiro-secretário da Câmara dos Deputados, Eduardo Gomes (PSDB-TO), encaminhou ofício ao corregedor da Casa, deputado Ciro Nogueira (PP-PE), solicitando que o documento seja encaminhado à Universidade de Campinas (Unicamp) para perícia. O parlamentar é membro da comissão que investiga o suposto pagamento de propina envolvendo Severino.
Gomes lembrou que diante da divergência de laudos entre peritos acerca do documento é fundamental que "os renomados peritos da Unicamp realizem os procedimentos necessários à elaboração de novo laudo pericial".
Em outro requerimento, Eduardo Gomes pede ao corregedor que solicite à Polícia Federal o encaminhamento "imediato", à Câmara, da conclusão da perícia realizada no documento da prorrogação do contrato da Câmara com o empresário Sebastião Buani. O parlamentar é membro da comissão que investiga o suposto pagamento de propina envolvendo o presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) e o empresário Sebastião Buani.
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