O empresário Sebastião Buani confirmou hoje, em entrevista à rádio CBN, que, ainda nesta manhã, irá entregar à Polícia Federal o cheque de R$ 7,5 mil, que, garante, foi descontado por um funcionário de presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), em julho de 2003. O documento, diz Buani, comprova sem margem de dúvida a acusação de que Severino cobrava propina para manter a concessão do empresário no restaurante Fiorella, localizado no anexo 3 da Casa. O cheque do Bradesco, diz ele, tem no verso o nome do referido servidor do gabinete de Severino, então primeiro-secretário da Câmara."Não é preciso mais provas. O que mais eu vou precisar mostrar?", disse Buani, que desdenhou das iniciativas do deputado em desqualificar as provas que apresentou até agora. "A resposta que tenho a dar é que ele (Severino) terá de provar que estou mentindo. Vai ser duro para ele desmontar a verdade", garantiu, informando que, após depor na PF, dará entrevista coletiva na Associação Comercial de Brasília, às 11h.
Buani foi adiante ao defender a autenticidade dos demais documentos até agora apresentados por ele. Citou o extrato bancário entregue à PF no início da semana, com saque no valor de R$ 40 mil de sua conta, efetuado na mesma data de documento, supostamente assinado por Severino, garantindo sua permanência no restaurante. Severino contesta a veracidade do mesmo.
O advogado de Buani, Sebastião Coelho, informou que a cópia do extrato foi entregue à Polícia Federal na manhã da última segunda-feira em Brasília.
|