As quatro maiores empresas mundiais de eletrônicos de consumo esperam lançar em 2006 produtos com software antipirataria baseado em padrão de código-fonte aberto e interoperabilidade completa. Os quatro grupos - as japonesas Sony e Matsushita Electric (que fabrica os produtos com a marca Panasonic), a sul-coreana Samsung e a holandesa Philips - anunciaram que começarão a usar o mesmo método para proteger músicas digitais e vídeos contra pirataria e cópias ilegais. A iniciativa é chamada de Marlin JDA.
"Os primeiros aparelhos e serviços de base Marlin estarão no mercado em 2006", afirmou o grupo em nota nesta segunda-feira, enquanto anunciava que os desenvolvedores de softwares terão agora acesso às especificações de administração de direitos digitais (DRM, na sigla em inglês). Interoperabilidade entre software antipirataria não existe até o momento. Músicas compradas na loja virtual da Sony, por exemplo, somente podem ser tocadas em players de música digital da Sony ou de companhias que licenciem o sistema DRM da marca japonesa.
Formatos digitais de codificação e decodificação também diferem em cada loja, com a Apple usando o AAC em sua iTunes e a Microsoft adotando o Windows Media. A falta de interação operacional reduz o sucesso do entretenimento digital e das vendas de aparelhos. As companhias que não oferecem sistema próprio de proteção, como a Sony o faz, têm de escolher lados e licenciar em outros lugares sitemas DRMs para inclusão em seus produtos.
A Nokia, por exemplo, está incluindo o DRM da Microsoft em diversos novos telefones celulares em desenvolvimento. A Intertrust Technologies, pequena companhia norte-americana que detém muitas das patentes para proteção antipirataria digital, também participa da aliança Marlin. A tecnologia pode ser usada em todos os aparelhos que recebam conteúdo via Internet ou redes de telefonia celular.
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