Genival Inácio da Silva, o irmão do presidente Lula conhecido como "Vavá", teria agido como lobista ao intermediar negócios de um empresário português com a estatal Petrobrás, de acordo com reportagem da revista Veja. Segundo a reportagem, Vavá teria agendado e participado de audiências para o empresário Emídio Mendes com o assessor especial da Presidência, Césal Alvarez, e com o chefe-de-gabinete da Presidência Gilberto de Carvalho, em setembro desse ano. Um dos controladores do Riviera Group, conglomerado que atua nos setores imobiliário, turístico e energético, Mendes estaria interessado em fechar negócios com a Petrobras.
Uma semana depois de se encontrar com Gilberto de Carvalho no Palácio do Planalto, o emprésario português realizou viagem ao Rio de Janeiro em visita à sede da Petrobras, acompanhado por Vavá. O objetivo: tratar de assinatura de um acordo entre a estatal e a Nacional Gás, uma as empresas do grupo Riviera.
Procurado por Veja, Mendes alegou que as reuniões no Palácio do Planalto teriam tido como assunto um pedido de ajuda do governo a países africanos de língua portuguesa. Reconheceu, no entanto, que as conversas também envolveram a Petrobras, e afirmou que não "fez nada de errado" com isso, de acordo com a reportagem.
A assessoria da Presidência afirmou à Veja que Gilberto de Carvalho e o presidente Lula estava "incomunicáveis", e não responderam às acusações.
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