Remédios aumentam mais de 50%

 

Economia - 14/03/2003 - 16:41:56

 

Remédios aumentam mais de 50%

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O percentual de 51, 94% que alguns laboratórios deram aos seus produtos está bem acima do aumento de 8,63% autorizado pelo Governo Federal

O percentual de 51, 94% que alguns laboratórios deram aos seus produtos está bem acima do aumento de 8,63% autorizado pelo Governo Federal

 consumidor está pagando, desde terça-feira, 11, até 51,94% a mais pelos medicamentos. É o que informa a pesquisa do Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal (CRF-DF) e do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (Idum). Este percentual está bem acima do aumento de 8,63% autorizado pelo Governo Federal. No total, 8.605 medicamentos disponíveis no mercado tiveram reajuste. Desses, 5.632 tiveram um acréscimo maior do que o permitido. As novas tabelas de preços chegaram às farmácias ontem depois da autorização do Governo. De acordo com a pesquisa, 155 laboratórios reajustaram os preços numa variação de 0,06% até os 51,94%. A marca que sofreu o maior reajuste foi o antibacteriano Levotac, do Laboratório Cristállia. Passou de R$ 60,61 para R$ 92,09. O CRF-DF também alerta que 214 remédios, que tiveram os preços liberados há cerca de um mês pelo Governo, aumentaram até 18,43% desde sua saída da tabela. Apesar de o aumento ter atingido 5.632 fármacos de forma não-linear, os maiores aumentos se concentraram na casa dos 20%. O analgésico, anti-térmico e antinflamatório Dormec, do laboratório Imec, passou de R$ 11,1 para R$ R$ 13,62, num aumento de 22,70%. Outro que teve um aumento substancial foi o antiparasitário Pravermyl (também da Imec), com um acréscimo de 27,90%. Passou de R$ 2,33 para R$ 2,98. Apesar de a diferença neste caso ser de apenas alguns centavos, quando o remédio tem um valor maior o mesmo percentual aplicado pesa muito mais no bolso. O antibacteriano Cilinon do laboratório Ariston que aumentou 29,89%, passou de R$ 168,09 para R$ 218,34. Uma diferença de R$ 50,25 num período de apenas um mês. Outro aumento amargo foi do anti-ulceroso Oprazon, do laboratório Ariston. Se até fevereiro uma caixa com 20 ampolas e 20 diluentes custava R$ 730,53, este mês esta marca passou a custar R$ R$ 862,05. O aumento de 18% repassado pelo laboratório custará ao bolso do consumidor R$ 131,52. Se o laboratório tivesse respeitado o limite estabelecido pelo Governo, o impacto real seria de R$ 63. Para o Conselho de Farmácia do DF e para o Idum, o Governo Lula cedeu às pressões dos grandes laboratórios ao permitir o reajuste de 8,63%, além de ter liberado da tabela 260 marcas diferentes. Mesmo com a autorização, as duas instituições lembram que os reajustes não se justificam, pois segundo seus cálculos, nos últimos oito anos os remédios acumularam aumentos médios de 150%, havendo casos de até 300% (Rivotril do Laboratório Roche). De acordo com o Idum, os preços de algumas matérias-primas tiveram queda de até 60% no mercado internacional. A pesquisa utilizou dados da própria indústria, publicados na revista ABCFarma. Foram avaliados mais de 11 mil itens. As duas instituições elaboraram um relatório completo que será encaminhado ao presidente da República, solicitando que os percentuais sejam revistos. O Ministério Público Federal também será acionado.

O percentual de 51, 94% que alguns laboratórios deram aos seus produtos está bem acima do aumento de 8,63% autorizado pelo Governo Federal

O percentual de 51, 94% que alguns laboratórios deram aos seus produtos está bem acima do aumento de 8,63% autorizado pelo Governo Federal

O percentual de 51, 94% que alguns laboratórios deram aos seus produtos está bem acima do aumento de 8,63% autorizado pelo Governo Federal

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