O governo federal deu início - no último dia 9 de janeiro - ao Programa Emergencial de Trafegabilidade e Segurança nas Rodovias, que deve atingir 26.441 km de estradas federais e estaduais no País. A previsão é de que o trabalho seja concluído ainda no primeiro semestre. No total, serão investidos R$ 440 milhões na operação, que inclui serviços para tapar buracos e intervenções como recomposição de pequenos trechos contínuos, recapeamento, restauração de pavimento e da sinalização horizontal, além da recuperação de pontes.
Estão previstas obras em 25 Estados. Destes, 14 também receberão manutenção nas estradas estaduais - o governo federal se comprometeu a melhorar a condição das estradas transferidas para o controle dos Estados em 2002, por meio da MP 82. De acordo com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, a orientação é "trabalhar para que os serviços sejam finalizados ainda no primeiro trimestre de 2006".
Críticas
O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) aproveitará contratos de manutenção em andamento para a aplicação direta dos recursos em cerca de 19 mil km, ou seja, nestes trechos as obras serão feitas sem licitação. O fato causou protestos da oposição. "É um absurdo que obras como estas sejam feitas sem contratos de licitação", disse o senador Romeu Tuma (PFL-SP).
Tuma também classificou o programa como "ação eleitoreira". "Estas intervenções deveriam ter sido feitas desde o início do governo e não deixadas para um ano eleitoral", disse Tuma. O ministro dos Transportes se defende afirmando que a recuperação das estradas foi uma preocupação desde o começo de seu mandato. "Agora que conseguimos a liberação dos recursos, temos que aproveitar", disse ele.
Ignorando as críticas, o governo anunciou ainda que a idéia é que, em uma segunda etapa das obras, sejam feitos investimentos da ordem de R$ 1,8 bilhão, em uma ação conjunta entre Estados e governo federal, para dar continuidade ao projeto.
Os Estados que mais receberão verbas são Minas Gerais (R$ 63,7 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 43,5 milhões). São Paulo receberá R$ 4,4 milhões e o Rio Grande do Sul, R$ 13,1 milhões. Clique no mapa para conferir o valor e os trechos previstos em cada Estado e fiscalizar as obras. do, em seguida, a Brasília.
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