O conselho governamental que discute o padrão digital para a TV aberta no país definiu cinco critérios que precisam ser atendidos pela tecnologia a ser selecionada —portabilidade, interatividade, alta definição, mobilidade e gratuidade.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa —porta-voz da reunião incluindo Fazenda, Desenvolvimento e Casa Civil—, disse que, apesar de os japoneses já terem atendido às demandas brasileiras, ele receberá na quarta-feira a representante do padrão europeu, Viviane Reding.
"Nós queremos saber dela se vai nos dar rigorosamente todos esses cinco pontos importantes, que os japoneses estão nos dando", disse o ministro. "É preciso deixar claro que não tem ninguém empurrando nenhum sistema. Nós vamos escolher o que melhor respeitar as exigências da TV brasileira", acrescentou.
"Tanto no sistema japonês quanto no europeu, qualquer um que seja, exceto o norte-americano, se nós adotarmos o sistema de modulação, você tem perfeitamente condições de fazer a mobilidade e a portabilidade", disse. No entanto, o ministro explicou que o padrão japonês não demanda um canal extra, o que causaria menos incomodo às empresas de TV.
Costa afirmou que os japoneses se dispuseram a incorporar os avanços feitos por cientistas brasileiros no sistema de MPEG4 de compressão de vídeo.
Os testes com a TV digital aberta terão início em junho, com transmissões de 12 horas por dia, e a partir de setembro, por 24 horas.
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