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O spam já deu muita dor de cabeça aos usuários de Internet discada e mesmo hoje, com a expansão do acesso em banda larga, continua sendo um pesadelo para os internautas do mundo inteiro. Para resolver esta questão, a Goodmail Systems desenvolveu um sistema controverso, em que cada empresa que quiser "furar" o bloqueio do filtro anti-spam deve pagar entre um quarto de centavo e um centavo de dólar por mensagem enviada.
A Goodmail desenvolveu também alguns critérios para dar uma precisão maior ao processo de filtragem. Só poderão participar do programa empresas que forem comprovadamente sérias, com pelo menos um ano de história no mercado, a ser verificado pela Goodmail. Além disso, a empresa precisa estar estabelecida em território norte-americano ou canadense, pois de outra maneira esta verificação seria falha.
Fora isso, as companhias que quiserem ser certificadas precisam ter um cadastro limpo nos provedores em que a Goodmail vai participar ativamente. Ou seja, a empresa não pode ter uma alta notificação em filtros anti-spam, caso contrário será rejeitada pelo serviço.
Logicamente, este furo no bloqueio não pode ser efetuado pela própria Goodmail Systems. Ele deve ser implementado em cada filtro de spam que receberá uma lista de empresas pagantes e retirará cada uma delas da "lista negra".
Dois serviços de email de grande porte, o Yahoo e a AOL, já aderiram ao sistema e utilizarão o Goodmail em seus servidores. E, do outro lado, o das empresas que querem se certificar, a Cruz-Vermelha Americana e o jornal New York Times já entraram para o programa.
Outra exigência da Goodmail é que a empresa participante do programa de certificação se comprometa a enviar e-mail apenas para usuários que o solicitaram, sob pena de ser totalmente bloqueada caso essa regra seja infringida. Para que uma empresa se afilie, uma taxa de adesão de US$ 199 está sendo cobrada até julho, quando passará a US$ 399.
Há quem considere, porém, que a iniciativa não passa de uma cínica tentativa de arrancar dinheiro de companhias de boa reputação e que não fará nada de concreto para combater o spam, apenas aproveitando-se da situação para adicionar uma taxa descabida a ser paga por empresas que já implementam boas práticas no mercado.
Spam
Spam é o e-mail marketing feito sem qualquer solicitação ou interesse do destinatário, e que se tornou prática comum para anúncios de empresas escusas ou pouco confiáveis. Correntes e golpes também se utilizam da técnica com freqüência na tentativa de atingir um grupo ainda maior de vítimas.
Depois foi criado o filtro anti-spam, testado por grandes provedores e presentes hoje em dia em praticamente qualquer sistema de caixa postal eletrônica. Com ele, a ocorrência das mensagens comumente recebidas sem consentimento vem caindo, mas com isto surgiu outro problema.
Considerando-se que um filtro se baseia em denúncias feitas por usuários de cada serviço, quando determinada empresa ou alguém envia mensagens comerciais não solicitadas, o usuário pode reportar o endereço do remetente para o provedor que, após uma análise, decidirá sobre marcar ou não aquele endereço de e-mail como spammer, nome dado a quem pratica spam. Contudo, em alguns casos, empresas idôneas são marcadas erroneamente e seus emails deixam de ser recebidos por determinados provedores. Estes erros de classificação são o que a Goodmail quer combater.
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