O presidente também se fortaleceu nas simulações para um provável segundo turno. Em uma disputa contra José Serra, hoje, 48% votariam em Lula e 43% no tucano. No começo do mês, Serra batia Lula por 49% a 41%. É a primeira vez que o petista vence o peessedebista desde junho do ano passado. Naquela ocasião, 46% votariam no atual presidente e 40% no prefeito de São Paulo.
Na simulação de um segundo turno entre Lula e Geraldo Alckmin, o petista ganhou cinco pontos percentuais (foi de 48% para 53% das intenções de voto), enquanto o peessedebista recuou quatro (de 39% para 35%). O pior momento de Lula nesse cenário ocorreu em dezembro do ano passado, quando foi verificado empate técnico (41% para Lula, 40% para Alckmin). A atual vantagem do petista, de 18 pontos percentuais, é comparável à registrada em julho do ano passado (49% a 33%, ou seja, de 16 pontos percentuais) e só não é maior do que a verificada em 16 de junho (54% a 28%, isto é, 26 pontos).
Se o segundo turno fosse, hoje, entre Lula e Garotinho, o atual presidente se reelegeria com 56% do total de votos. Votariam no peemedebista 28%. Em relação à pesquisa de fevereiro, a vantagem do petista subiu de 17 para 28 pontos: naquela ocasião, 50% votariam em Lula e 33% em Garotinho. Ou seja, também nessa simulação, o petista volta a status semelhante ao que obtinha no início da crise do "mensalão", quando, em junho batia o peemedebista por 30 pontos percentuais (54% a 24%).
PRESIDENTE CONQUISTA APOIO DE BRASILEIROS COM MAIOR RENDA E COM ESCOLARIDADE SUPERIOR
A pesquisa mostra um significativo fortalecimento de Lula entre os brasileiros com nível superior de escolaridade e com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos.
No cenário para o primeiro turno, com José Serra e Anthony Garotinho, Lula ganhou 18 pontos percentuais entre os mais escolarizados, passando de 22% para 40%. Serra perdeu 12 pontos percentuais, caindo de 40% para 28%. É a primeira vez que o petista fica à frente do peessedebista nesse segmento desde agosto, quando atingia 30% das intenções de voto - Serra tinha 20%.
Na simulação de segundo turno contra Serra, Lula ganhou 16 pontos percentuais entre os brasileiros com escolaridade superior, e hoje, com 48%, empata com Serra, que perdeu 12 pontos, caindo de 57% para 45%.
No cenário com Geraldo Alckmin e Garotinho, Lula ganhou 15 pontos (foi de 24% para 39%) entre os mais escolarizados, enquanto o peessedebista perdeu sete (passou de 34% para 27%). Na simulação de segundo turno, mais uma vez o petista, que cresceu de 34% para 45%, empata com o possível candidato do PSDB, que passou de 51% para 46%.
Entre os brasileiros com renda familiar mensal acima de 10 salários mínimos, Lula ganhou 15 pontos percentuais no cenário para o primeiro turno com José Serra, passando de 16% para 31%, enquanto o tucano perdeu 14 pontos, caindo de 49% para 35%. No cenário para um provável segundo turno, Lula subiu de 24% para 40% (16 pontos percentuais), enquanto Serra caiu de 65% para 52% (13 pontos).
Contra Alckmin, entre a população de maior renda, Lula passou de 15% para 30% no primeiro turno e de 23% para 39% na simulação para o segundo turno. O governador paulista passou de 45% para 36% na simulação para o primeiro turno e de 64% para 52% em um provável segundo turno.
O fortalecimento de Lula se mostra consistente, entre outras razões, pelo crescimento obtido no que diz respeito ao voto espontâneo. A taxa dos que dizem, antes da apresentação de cartões circulares com os nomes dos possíveis candidatos, que pretendem votar em Lula para presidente em 2006, aumentou de 23% no começo do mês para 30% hoje. As taxas de intenção de voto espontânea nos demais prováveis candidatos apresentaram variações dentro da margem de erro ou se mantiveram idênticas. José Serra oscilou de 9% para 11%, Geraldo Alckmin se manteve com 4% e Anthony Garotinho permaneceu com 2%. Heloisa Helena, que atingia 1% na pesquisa anterior, hoje não chega a esse percentual. A taxa dos que não sabem dizer, espontaneamente, em quem pretendem votar em outubro, caiu de 51% para 43%.
A população brasileira se divide quando indagada sobre a possibilidade do prefeito de São Paulo, José Serra, renunciar a três anos do fim do seu mandato, para concorrer à Presidência da República. Para 41%, ele vai agir mal, se assim o fizer; para 39%, vai agir bem. Um quinto dos entrevistados, no entanto (20%) , não sabe responder à questão.
Entre os brasileiros que se declaram simpatizantes do partido do prefeito, o PSDB, por outro lado, a maioria (61%), acha que ele agiria bem se renunciasse. A maior parte dos brasileiros com renda familiar mensal acima de 10 salários mínimos e nível superior de escolaridade acha que Serra agiria mal ao renunciar; em ambos os segmentos, a taxa dos que pensam assim é de 51%, dez pontos acima da média.
|