A face da GUERRA no Iraque

 

Politica - 21/03/2003 - 16:09:40

 

A face da GUERRA no Iraque

 

Da Redação com CNN

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Guerra no Iraque começa com “ataque da decapitação”

Guerra no Iraque começa com “ataque da decapitação”

Da Redação com a CNN A guerra liderada pelos Estados Unidos contra o Iraque começou com o que funcionários do Pentágono descreveram como “ataque de decapitação”: uma onda de mísseis Tomahawk foi disparada contra o país do Golfo Pérsico com o objetivo de matar o presidente Saddam Hussein. Ao anunciar, pouco após a meia-noite desta quinta-feira (horário de Brasília), o início da ofensiva, o presidente norte-americano, George W. Bush, disse que a ação inicial visou “alvos selecionados, de importância militar”. O Ministério da Informação do Iraque alegou que 10 pessoas foram mortas no primeiro ataque, mas não detalhou se as vítimas eram militares ou civis. Já a Cruz Vermelha Internacional confirmou que a primeira onda de ataques deixou um morto e 14 feridos. Horas após o início da ofensiva, a emissora de televisão estatal do Iraque veiculou um pronunciamento de Saddam Hussein, em que o presidente descreveu a campanha militar norte-americana como um “ato criminoso” e jurou que seus inimigos serão humilhados. A primeira onda de ataques envolveu mais de 40 mísseis, disparados de navios de guerra norte-americanos fundeados no Golfo Pérsico e no Mar Vermelho. Caças F-117, considerados imperceptíveis aos radares, também participaram da operação. Em seu pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca, Bush comunicou que “o estágio inicial” da guerra começou. Em quatro minutos, o presidente disse que o atual estágio visou a atingir “alvos selecionados”, acrescentando que o primeiro ataque será seguido por uma ampla campanha militar com “decisivo uso da força”. Fontes disseram que o ataque teve por objetivo locais em que estariam membros do alto comando iraquiano, incluindo Saddam Hussein. Também informaram, sem dar detalhes, que mais de um alvo foi visado, tendo ocorrido bombardeios em pontos bem específicos. Sirenes de alerta contra ataques aéreos foram ouvidas em Bagdad por volta das 5:30 da quinta-feira, 23:30 da quarta-feira em Brasília, cerca de 90 minutos após o final do ultimato dado na segunda-feira por Bush para que Saddam Hussein abandonasse o Iraque ou enfrentasse a guerra. Fontes da Casa Branca disseram que a decisão de atacar veio logo após reunião de quase quatro horas no Salão Oval, na qual o diretor da CIA, o serviço secreto dos Estados Unidos, George Tenet, e funcionários do Pentágono disseram a Bush que poderiam perder uma “oportunidade visada” se não atuassem rapidamente. Ignora-se se a missão teve êxito ou não. Fontes do Pentágono ponderam ser muito difícil atingir uma única pessoa a partir de bombardeio aéreo. Antecipação dos planos O correspondente no Pentágono, Jamie McIntyre, disse que seguramente o ataque foi algo extraordinário, que não representou o desencadeamento efetivo da campanha, em que se prevê um uso de considerável poderio, envolvendo nada menos que 3.000 mísseis sobre Bagdad. McIntyre acrescentou que possivelmente haverá uma avaliação nesta quinta-feira dos resultados, antes de uma retomada dos planos. O ataque inicial foi decidido porque, obtendo êxito, “facilitaria enormemente” o curso da guerra, segundo McIntyre. O enviado especial para a frente norte no Kuwait, Walter Rodgers (CNN), disse que as tropas de frente seguiam a rotina prevista, não havendo movimentação além da já realizada que pudesse indicar terem recebido ordens de invadir o Iraque. Preparativos finais para o ataque por terra na área exigiriam ordens com pelo menos três horas de antecedência. Rodgers entrevistou vários comandantes das forças de infantaria na frente norte que se mostraram surpresos com o ataque aéreo. O correspondente avaliou que seriam necessárias pelo menos 12 horas, ou mais, para alguma ordem as tropas de infantaria referente à invasão. “Campanha pode ser longa” “As forças de coalizão começaram a atacar alvos selecionados para minar a capacidade de Saddam Hussein de empreender uma guerra”, disse Bush em seu pronunciamento. “Esses são os estágios iniciais do que será uma campanha ampla e coordenada”. Alvo de críticas por ter abandonado os esforços diplomáticos na ONU, Bush ressaltou em seu pronunciamento que a campanha conta com o apoio de 35 países, cuja participação varia de uso de bases navais e aéreas à ajuda com informações de inteligência e logística. O presidente advertiu que a guerra no Iraque poderá não ser tão curta como ele e os estrategistas militares esperam. “Uma campanha em terreno inóspito de uma nação tão grande quanto a Califórnia pode ser mais longa e difícil do que muitos prevêem’, disse. Bush acrescentou que o objetivo será “um Iraque unido, estável e livre, ressaltando ser este um compromisso que manterá de forma continuada. “Fomos ao Iraque com respeito a seus cidadãos, a sua grande civilização e às religiões que praticam”, alegou. “Não temos ambições no Iraque, exceto a de remover uma ameaça e devolver o controle do país a seu povo”. Bush advertiu que será usada “força decisiva” para alcançar tal objetivo. “Esta não será uma campanha de meias medidas”, advertiu. “Não aceitaremos nenhum resultado que não seja a vitória”.

Guerra no Iraque começa com “ataque da decapitação”

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