Seis ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva deverão deixar os cargos para a disputa das eleições de outubro até o próximo sábado, dia 1º de abril, como exige a lei. Lula teria dito a assessores que prefere "soluções naturais" para nomear os substitutos, ou seja, os secretários-executivos de cada pasta, informa a edição deste domingo do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo o jornal paulista, os ministros que devem deixar o governo são: vice-presidente José Alencar (Defesa), Alfredo Nascimento (Transportes), Saraiva Felipe (Saúde), Ciro Gomes (Integração Nacional), Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) e José Fritsch (Pesca).
A decisão do vice-presidente José Alencar estaria vinculada a uma eventual reedição da "dobradinha" da campanha de 2002. Ciro Gomes, que também é cotado para vice na chapa de Lula, pode ser candidato a deputado federal para engrossar apoio ao irmão Cid Gomes (PSB) ao governo do Estado do Ceará.
Já a saída do ministro Antonio Palocci (PT), considerada a principal perda do governo Lula, ainda é alvo de especulações. Segundo a Folha, Palocci pode sair em breve porque estariam esgotadas "as condições políticas" de continuar no ministério da Fazenda após a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. O caseiro contradisse Palocci sobre supostas visitas a uma mansão alugada por lobistas de Ribeirão Preto (SP).
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