O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deixou nesta quinta-feira o governo paulista para concorrer à Presidência da República pelo PSDB. Ao inaugurar um trecho de iluminação na Marginal Tietê, na ponte das Bandeiras, ele afirmou que termina o mandato com uma avaliação positiva e que "prestou o seu serviço à população".
"Nunca se tem um obra acabada, mas eu diria que entendo a política primeiro como um serviço - que é trabalhar, prestar serviço a população; segundo, é uma corrida de bastão: cada um cumpre uma etapa", afirmou à rádio Jovem Pan.
Sobre a candidatura, Alckmin voltou a frisar que o vice de sua chapa será do PFL, mas não citou nomes. No entanto, ressaltou que o trabalho para a escolha começa só agora e que o partido também esta buscando ampliar as alianças estaduais. "A aliança com o PFL é natural, praticamente acertada. Agora estamos trabalhando para as eleições estaduais e também para ampliar as alianças", disse.
Alckmin, que já foi reeleito, admitiu que a regra que o beneficiou no passado, desta vez, deixa em vantagem seu principal adversário nas próximas eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O motivo é que quem será candidato à reeleição não precisa deixar o cargo. "É lógico que num sistema de reeleição quem está no cargo tem um enorme de um benefício. Mas essa é a regra do jogo e eu confio no taco. Confio na mudança. Isso vale pra prefeitura, vale pro governo do estado, vale pro governo federal", disse.
O candidato do PSDB declarou que a intenção do PSDB é fazer a coordenação política da campanha em Brasília. "Não me mudarei para lá, mas o trabalho preparatório, o projeto nacional de um programa de governo será feito em Brasília."
A carta com a renúncia de Alckmin foi entregue no início da noite ao presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo e será publicada amanhã no Diário Oficial. Na quinta-feira às 10h, o vice-governador, Cláudio Lembo, toma posse.
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