O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, usou um de seus funcionários para tentar driblar a CPI dos Bingos, de acordo com o presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB).
Morais informou nesta quinta-feira, em reunião da comissão, que recebeu uma carta do escrivão da Polícia Federal, José Braulio Rodrigues, dizendo que tentou entregar ontem um ofício de comparecimento à Paulo Okamotto, mas foi informado por uma secretária de que ele estava viajando. No entanto, ao sair da sede do Sebrae, o escrivão relata que foi surpreendido ao avistar Okamotto se dirigindo ao seu gabinete.
A notícia foi recebida com indignação na CPI. O senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) sugeriu ao presidente da comissão que relatasse a história para o superintendente da PF, Paulo Lacerta, e ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. "Esse fato não pode passar em branco. Não podemos desmoralizar a CPI", disse ACM.
Efraim afirmou que esta é uma atitude atípica. "É um desrespeito a CPI. Não tenho a menor dúvida de que é a atitude de quem tem algo a esconder", afirmou.
Apesar do acontecido, o presidente da CPI marcou para a próxima terça-feira uma acareação entre Paulo Okamotto e Paulo de Tarso Venceslau, ex-militante do PT.
Outro requerimento aprovado hoje foi a solicitação à Polícia Federal de cópias dos inquéritos sobre a violação do caseiro Francenildo. O requerimento de convocação do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, não foi votado hoje pois o autor do pedido, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), está viajando.
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