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O ex-ministro Antonio Palocci viajou duas vezes num helicóptero pago pelo empresário Roberto Carlos Kurzweil. A primeira delas não lhe causa complicações, já que o ex-ministro na ocasião era prefeito licenciado de Ribeirão Preto. Mas, no segundo trajeto, Palocci já era ministro da Fazenda e, dessa forma, teria violado o Código de Conduta da Alta Administração Federal.
O código estabelece que "a autoridade pública não poderá receber salário ou qualquer outra remuneração de fonte privada em desacordo com a lei nem receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir situação que possa gerar dúvida sobre sua probidade ou honorabilidade".
Kurzweil foi apontado pelo advogado Rogério Buratti como o intermediador da doação de R$ 1 milhão que empresários de bingo teriam entregue ao PT em 2003. segundo informações do.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo,, na primeira viagem, Palocci foi levado a Angra dos Reis para comemorar a vitória do presidente Luís Inácio Lula da Silva nas eleições de 2002 e depois foi deixado em Ribeirão Preto. No segundo trajeto, realizado em 2003, o ex-ministro foi levado novamente a Angra, no mesmo condomínio onde fica a residência Kurzweil.
O empresário confirma que Palocci ficou hospedado numa casa próxima a sua, e também que achou o imóvel. Kurzweil, porém, nega o pagamento das despesas.
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