Durante a inauguração da Usina Hidrelétrica Eliezer Batista, em Aimorés, Minas Gerais, hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a Bolívia tem o direito em tomar a decisão de pedir um preço justo pelo gás, assim como a Petrobras tem o direito de ter o retorno sobre os seus investimentos. Para Lula, se comparado à Bolívia, o Brasil é um país rico. O presidente garantiu que a Bolívia não vai aumentar o preço para o consumidor. "Se aumentar vai ser para a Petrobras e não para o consumidor", disse.
O presidente completou: "lá eles só têm o gás. Nós não queremos vender o que é nosso e também não podemos obrigar os outros a vender o que é deles".
Lula colocou oficialmente em operação a Usina Hidrelétrica Eliezer Batista salientanto que oferecer energia é o melhor atrativo que uma nação pode fornecer. No seu discurso, o presidente referiu-se à degradação do meio ambiente. "Hoje nós não construiríamos Itaipu no Brasil, porque se foi possível construí-la na década de 70, hoje muitos estariam aqui fazendo manifestações", disse.
"O apagão não foi falta de aviso. Centenas de técnicos avisaram que teríamos esse colapso", diz o presidente. Por isso, Lula afirmou que seu governo trabalhou em linhas de transmissões.
Com 330 megawatts (MW) de potência instalada e reservatório de 30,9 quilômetros quadrados, a usina começou a funcionar com capacidade máxima no fim de dezembro de 2005. Foi construída no rio Doce, na divisa de Minas com o Espírito Santo. A lâmina d'água resultante da barragem (reservatório) abrange os municípios mineiros de Aimorés, Itueta e Resplendor.
Estiveram presentes à solenidade os ministros de Minas e Energia, Silas Rondeau, e das Comunicações, Hélio Costa; os governadores mineiro, Aécio Neves, e capixaba, Paulo Hartung; e os diretores-presidentes da CVRD, Roger Agnelli, e da Cemig, Djalma Morais.
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