Dia do Metalúrgico: dia de luta

 

Opinião - 12/05/2006 - 19:36:59

 

Dia do Metalúrgico: dia de luta

 

José Ferreira (*) .

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

A história dos metalúrgicos é marcada por lutas e conquistas. No ano de 2005 aprovamos na Câmara Municipal de São Bernardo do Campo, o Dia do Metalúrgico, a ser comemorado anualmente no dia 12 de maio. Na oportunidade homenageamos o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijoó e o metalúrgico negro, Erivaldo Jesus da Paz, mais conhecido como Zequinha a Karmanghia. Erivaldo é um exemplo de superações de dificuldades, tendo os dois braços amputados, Zequinha aprendeu a digitar com os pés, além de ser atleta amador e cursar Administração de Empresas no Centro Universitário Fei, em São Bernardo do Campo.   O dia 12 de maio marca a luta dos trabalhadores no ABC, o fim da greve dos 41 dias e a data de fundação do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, atual Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Justamente nessa semana quando comemoramos essa data que é marcada por lutas, a Volkswagem no Brasil vem anunciar a demissão de trabalhadores e possível fechamento de fábrica. É inaceitável o argumento da empresa sobre o câmbio, como motivo para os cortes. A empresa é líder no Brasil com 23% das vendas e responde por 32% das exportações brasileiras, sendo que somente com exportações faturou R$ 4,5 bilhões.   Para otimizar os lucros a empresa pretende cortar 25% do investimento com pessoal. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a empresa pretende demitir cerca de 6.000 trabalhadores. O governo Lula através do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) tem financiado a indústria automobilística, só a Volkswagem deve receber R$ 497,1 milhões. A atitude da Volkswagem não contribui socialmente com um país, onde a empresa obtém vultuosos lucros.   Manifestamos todo o nosso apoio a categoria metalúrgica, principalmente nossa solidariedade aos trabalhadores da Volkswagem, à diretoria do nosso sindicato, dirigida pelo companheiro Feijoó, que continua a batalha iniciada pelo companheiro Lula. A atitude do sindicato e da CUT, que junto com as demais centrais sindicais estudam uma mobilização internacional para responder as ameaças de demissões, correspondem a recente história dos trabalhadores, onde realizamos as greves dos anos 70 e 80, por reajuste salarial e democracia.   (*) José Ferreira é Vereador pelo PT na Câmara Municipal de São Bernardo do Campo

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