O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo sofre com a superlotação de cadáveres em suas instalações, após o Estado registrar 152 mortos em 239 ataques realizados durante a onda de violência promovida pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O instituto quer uma autorização especial para liberá-los antes do prazo legal de espera que, segundo a Justiça, é de 72 horas."(A superlotação) é um problema sanitário, de decomposição (dos cadáveres). Não temos mais onde guardar. Os corpos não estão em local refrigerado", disse, em entrevista ao jornal Diário de S. Paulo, o diretor do IML, Hideaki Kawata.
No momento, há 40 corpos sem identificação esperando por reconhecimento no Instituto. O IML já pediu autorização da Justiça para liberar os corpos, se preciso, antes do prazo legal. "Se a família reclamar (após a liberação), os corpos podem ser exumados depois", afirmou o diretor.
Em geral, os corpos permanecem de cinco até dez dias no IML, à espera de reconhecimento. Se não houver reclamação ou identificação, são enterrados sob o rótulo de "desconhecidos" ou "indigentes".
Há 36 vagas para corpos na capital apenas. São 24 vagas no IML de Pinheiros e 12 no IML da Vila Leopoldina. Os IMLs da zona oeste e zona sul estão fechados para reforma.
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