A Justiça decretou, nesta quinta-feira, a prisão do presidente da Rede TV!, Amílcare Dallevo e do vice-presidente, Marcelo de Carvalho por não pagamento de dívida trabalhista a um ex-diretor. João Henrique Schiller processou a emissora por não receber cerca de R$ 3 milhões em salários atrasados. O superintendente da emissora, Dennis Munhoz, diz que a decisão não vale nada, já que foram expedidos habeas corpus preventivos antes do decreto.
A juíza Patrícia Almeida Ramos, da 2ª Vara do Trabalho de Barueri, condenou os responsáveis pela Rede TV! em agosto do ano passado. Na ocasião, Dallevo e Carvalho deveriam pagar a Schiller valor referente a 30% do faturamento bruto da Rede TV!, que atualmente gira em torno de R$ 250 milhões anuais. O pagamento não foi realizado.
Dennis Munhoz diz que Schiller "agiu de má fé ao informar à Justiça que recebia um salário de R$ 30 mil quando na verdade ele recebia R$ 3 mil".
João Henrique Schiller trabalhou na direção de programas apresentados por Celso Russomano e Claudete Troiano e foi demitido em dezembro de 2000.
Com relação ao decreto de prisão, Munhoz, afirma que tudo não passa de um "lamentável erro da Justiça", já que no dia 11 de maio foram expedidos habeas corpus preventivos em nome de Dallevo e Carvalho.
"A juíza nem poderia decretar a prisão por conta desses documentos. Mas infelizmente eles foram extraviados e não chegaram até ela", explica Munhoz.
Após o decreto desta quinta-feira, os advogados da Rede TV! estiveram na 2ª vara e apresentaram cópias dos habeas corpus, o que teria anulado a decisão da juíza.
|