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O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, afirmou nesta sexta-feira que o advogado Sérgio Wesley da Cunha, preso após durante acareação na CPI do Tráfico de Armas, "foi coagido". "Foi uma morte anunciada, houve a provocação e ele caiu", disse o presidente da OAB.Cunha participava, na quinta-feira, de acareação com a advogada Maria Cristina de Souza Rachado e o ex-prestador de serviço da Câmara Artur Vinícius Pilastre Silva. Os dois advogados são acusados de comprar gravação de depoimentos sigilosos da comissão e repassá-la à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Durante acareação, Cunha ouviu de um deputado: "Você aprendeu bem com a malandragem". Em seguida, reagiu: "A gente aprende rápido aqui". Por isso, acabou preso por desacato.
Apuração
A OAB, por meio das seccionais da entidade em São Paulo (onde ambos os advogados são inscritos) e do Distrito Federal (onde teria ocorrido o fato denunciado), está apurando o caso e avaliando a necessidade de instalação de processo ético-disciplinar.
"A Ordem vai adotar medidas firmes em relação aos advogados que porventura se tornaram porta-vozes ou pombos correios do crime organizado; a advocacia é a defesa dos direitos fundamentais, mas não dos criminosos", disse Busato, de acordo com O Dia.
Busato comentou ainda o fato de ter sido convidado a prestar esclarecimentos na CPI do Tráfico de Armas. "A CPI das Armas resolveu convidar o presidente nacional da OAB e o da Seccional de São Paulo para falar sobre a crise no sistema penitenciário de São Paulo, como se fôssemos os responsáveis pela chacina de parte a parte que lá ocorreu, como se o sistema penitenciário não estivesse corrompido dos pés à cabeça", disse.
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