Certas versões do antivírus da Symantec para empresas contêm um defeito que pode colocar milhões de computadores em risco de ataque de worms. Os pesquisadores da eEye Digital Security descobriram a vulnerabilidade, que segundo eles pode permitir que um atacante crie um worm capaz de assumir o controle do computador de um usuário e destruir programas e arquivos.
Eles classificaram a ameaça como séria porque um hacker poderia explorá-la para entrar em uma máquina e editar, remover e apagar programas e arquivos sem que o usuário faça qualquer coisa, como clicar em um link, disse Mike Puterbaugh, analista da eEye. "Isso poderia resultar em um worm de Internet", disse. "Trata-se de uma falha que pode ser explorada de local remoto e oferece a um atacante acesso em nível de sistema."
Um worm é uma praga eletrônica que se difunde enviando cópias de si mesmo por uma rede. A maior parte dos vírus atuais são worms, já que quase todos os computadores estão hoje conectados em redes. A Symantec uma das principais fornecedoras de software antivírus para consumidores e empresas, anunciou em comunicado que está investigando o assunto e que o problema não afeta sua popular marca Norton de produtos.
O grupo confirmou a descoberta da eEye de que seus Client Security 3.1 e AntiVirus Corporate Edition 10.1 contêm o erro, que segundo a Symantec pode permitir que um usuário remoto ataque um computador que execute esses programas. "Já foram descobertas correções para os defeitos localizados, e atualizações estão sendo desenvolvidas para corrigi-los", afirmou a empresa em comunicado. "Até o momento, a Symantec não recebeu relatórios de que essas vulnerabilidades tenham sido exploradas."
O alerta surge em um momento em que especialistas em segurança na Internet alegam que hackers estão mais interessados em invadir sistemas para ganho financeiro do que simplesmente para conquistar fama com a criação de um worm devastador. De fato, desde o Blaster, em 2003, que atacava computadores acionados por software Microsoft e causou prejuízos em centenas de milhares de máquinas em todo o mundo, caiu o número de vírus que ganham manchetes na imprensa.
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