Em jantar com um grupo de 220 empresários, o presidenciável tucano Geraldo Alckmin disse na noite de terça-feira, em São Paulo, estar convencido de que o eleitorado está decepcionado com o governo do presidente Lula e que em outubro haverá "uma ira santa". O evento serviu para arrecadar recursos para o PDSB - cada um dos presentes desembolsou R$ 3 mil.
Em um discurso de 31 minutos, Alckmin afirmou que o governo de Lula é "frouxo" do ponto de vista ético e que está "agonizando". "O País está paralisado. O governo acabou antes da hora", destacou, acrescentando que se o Brasil tivesse um sistema parlamentarista Lula já teria deixado o governo. "Mas infelizmente temos um modelo engessado", disse.
Apesar das duras críticas ao adversário, Alckmin utilizou a maior parte de sua fala para explicar a onda de violência que atingiu o Estado que ele governou. Para o pré-candidato, a onda de atentados promovida pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) foi uma reação à política rigorosa do governo paulista em relação aos criminosos.
"Enfrentamos o crime. Às vezes não há rebelião porque há paz acordada. Você faz de conta que eu não te vejo e você faz de conta que não me vê. Em São Paulo, não", justificou, observando que os ataques do PCC foram uma resposta à decisão do governo de isolar os 745 lideres do crime identificados no Estado.
|