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O candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, ao comentar as pesquisas eleitorais, disse, nesta quarta-feira, que não se preocupa com o "reencanto" da população brasileira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em relação à pesquisa CNI/Ibope divulgada na terça-feira, Alckmin disse que tem uma visão diferente dos fatos. Para ele, a pesquisa apenas retrata um maior nível de conhecimento da população. "Pesquisa é lembrança de nome. É um recall", afirmou.
Líderes do partido, presentes à reunião do conselho político PFL-PSDB, em Brasília, disseram ainda que os números apresentados ontem pela pesquisa não preocupam e estão, inclusive, acima das expectativas.
Os parlamentares, no entanto, fizeram questão de lembrar que o assunto não foi tratado durante a reunião desta quarta-feira. "Nem lembramos que houve pesquisa", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Alckmin afirmou ainda não ter duvidas de que, em três meses, conseguirá reverter o quadro das pesquisas e acredita que irá ao segundo turno. O candidato também negou que a sua campanha tenha alguma semelhança com a do presidente Lula. "Ele acha, por exemplo, que a saúde chegou à perfeição. E eu, como médico, acho que não. Está muito longe disso", disse.
O candidato tucano citou ainda três pontos essenciais que pretende frisar para alavancar a sua candidatura. A primeira, segundo ele, é a questão direta com o eleitor. "Com o horário eleitoral, de TV e rádio, poderemos falar todo o dia com o povo, conquistar a sua confiança", afirmou.
Outro ponto usado por Alckmin será a questão da engenharia política, ou seja, tornar rotineiras reuniões como a feita hoje com o PFL. Por último, Alckmin citou a questão do trabalho voluntário. "Acredito que teremos um mutirão físico, a sociedade está indignada e ela irá se mobilizar para que o cenário eleitoral mude", ressaltou.
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