A manutenção de rodovias, por meio da Operação Tapa-Buracos, foi o programa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que consumiu o maior volume de dinheiro arrecadado pela União e destinado a investimentos. O dado foi levantado pela Folha de S.Paulo, por meio do Siafi (sistema informatizado de acompanhamento de gastos federais). A análise, feita com o apoio da ONG Contas Abertas, mostra que o governo pagou R$ 3,4 bilhões no programa, enquanto que os investimentos na área da saúde somaram R$ 1,2 bilhão.
No mesmo período de pouco mais de três anos e meio, a União investiu R$ 1,6 bilhão na compra e reforma de aviões. Desse pacote, fazem parte o Airbus em que Luiz Inácio Lula da Silva viaja e 90 caças SuperTucano encomendados à Embraer para vigiar as fronteiras e eventualmente abater aeronaves que não se identificam.
O AeroLula custou US$ 56,7 milhões -R$ 125 milhões pelo câmbio de hoje ou quase R$ 170 milhões, pela cotação do dólar à época.
De acordo com o balanço do Ministério dos Transportes, ao final da Operação Tapa-Buraco, 9,1 mil quilômetros de estradas foram recuperadas, outros 37 mil conservados e mais 15 mil quilômetros sinalizados. "Temos convicção de que a situação melhorou, mas não posso dizer com precisão o atual estado das estradas", disse o ministro Paulo Sérgio Passos. O ministério vai contratar uma empresa para avaliar as estradas até o final do ano.
O ministro Waldir Pires (Defesa) defendeu os investimentos feitos na Força Aérea, segundo ele "terrivelmente sucateada": "Se pudéssemos, os investimentos seriam maiores".
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