Lula diz que oposição sente ódio pelas "coisas boas"

 

Politica - 31/07/2006 - 11:22:24

 

Lula diz que oposição sente ódio pelas "coisas boas"

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição no pleito de outubro, afirmou neste domingo em Florianópolis, que a oposição sente ódio pelas coisas boas feitas em seu governo. Antes de Lula falar, a candidata petista ao Senado em Santa Catarina, Luci Choinacki (PT-SC), havia usado a mesma palavra para se referir ao tucano Geraldo Alckmin, como "o candidato que tem ódio do povo", ao comentar o baixo número de pessoas na vista de Alckmin à Chapecó, no oeste de Santa Catarina. À frente do governo há três anos e sete meses, Lula disse que "humildemente, nós não temos medo de sermos comparados com nenhum governo na historio do País, em nenhuma área". Em seguida se referiu às críticas dos adversários ao governo. "Que bom que as pessoas sintam tanto ódio, não pelas coisas ruins (feitas pelo governo), mas pelas boas" Durante o discurso para cerca de 2,5 mil pessoas, Lula citou uma frase do senador catarinense Jorge Bornhausen, presidente do PFL. Sem citar o nome do autor, o presidente lembrou que "disseram que era preciso 'acabar com essa raça'. 'Essa raça' éramos nós (petistas). Eu nunca vi um gesto de violência verbal e gratuita tão profundo. Quem disse essa frase, quer ofender por ofender, sem mostrar o que faz". Jorge Bornhausen afirmou no ano passado que "temos de acabar com essa raça... o presidente não gosta de trabalhar, é um preguiçoso...", se referindo a Lula e aos petistas. "Não punirei inocentes" Em mais uma referência à oposição, Lula rebateu as críticas à falta de ética do governo ao dizer que não hesitou em punir, mas que não pode fazê-lo sem provas: "Não punirei inocentes. Não inocentarei culpados. Vamos ter humildade para reconhecer erros, mas ousadia pra nos defender". Disse ainda que não permitiria críticas de "alguns que nunca foram éticos" e se defendeu citando denúncias e investigações feitas pelo próprio governo: "no meu governo será apurado e o culpado será punido", disse depois. Educação O comício de Santa Catarina foi temático. O assunto escolhido foi educação e a seqüência de discursos foi reforçada por muitos números e a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad.. No meio da exaltação aos números do Prouni e da expansão das Universidades Federais e Centros Tecnológicos, surgiu de novo a palavra "ódio". A senadora catarinense Ideli Salvati disse que "o PFL teve a petulância de entrar na Justiça contra o Prouni". Lula disse que não sabia do fato e depois de dizer que a ação era um crime contra 250 mil brasileiros, questionou: "será que o ódio não deixa que o pobre chegue na universidade?". Guerra O presidente também se referiu à guerra no Oriente Médio, entre Israel e o Hezbolá, especificamente ao ataque de Israel ao sul do Líbano, que ocorreu na madrugada de hoje, em que 37 crianças foram mortas. "Nós temos um problema grave, numa demonstração de radicalismo e sectarismo. Precisamos, de uma vez por todas, acabar com essa guerra. Não podemos admitir que a irracionalidade fale no lugar da racionalidade". Lula aproveitou pedir a democratização da Organização das Nações Unidas (ONU), como forma de evitar que situações como a de hoje se repitam. Criticou também a lentidão da ONU em agir. "Para algumas coisas são rápidos, para outra fingem que não vêem". Acompanharam Lula no evento de campanha os ministros da Educação, Fernando Haddad, da Articulação Política, Tarso Genro, e da Pesca, Altemir Gregolin. De Santa Catarina, participaram o candidato ao governo pelo PT, José Fritsch, a senadora e coordenadora da campanha à presidência no estado, Ideli Salvati, e a candidata ao Senado, deputada federal Luci Choinacki. Prefeitos do PMDB e do PP, partidos adversários do PT em Santa Catarina, também marcaram presença e discursaram pedindo a continuidade do governo petista. Atrás das autoridades e candidatos, painéis em que chama a atenção uma ausência: a cor vermelha. A peça em que havia mais vermelho era a bandeira de Santa Catarina. Nos painéis, verde e azul predominaram. Após o evento, Lula participa de um almoço de adesão à campanha petista, também em Florianópolis. A "adesão" custa R$ 200 por pessoa.

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