Em discurso para cientistas de todo o País, em um hotel em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quarta-feira o Congresso Nacional ao falar sobre a demora da aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Ele comparou ainda o Brasil à Muralha da China e à uma casa em construção.
O programa, que já passou pela aprovação no Senado, precisa ainda passar por votação no Plenário da Câmara, mas na opinião do presidente, será difícil que isso aconteça ainda neste ano. "Com o Congresso funcionando apenas três dias por mês, acho difícil que se vote", criticou.
Em um discurso como candidato, Lula divulgou ainda para os cientistas, o tripé de usa campanha: desenvolvimento, distribuição de renda e educação de qualidade. O presidente mostrou-se otimista e apresentou dados sobre ações de seu governo. Segundo ele, qualquer candidato que ganhe as eleições receberá um País preparado para o desenvolvimento.
"Estou tranqüilo para dizer que qualquer que seja o governo que vier e tiver um pouco de bom senso pegará um Brasil preparado para um longo ciclo de crescimento", afirmou.
Casa em construção
O presidente comparou ainda o País a uma casa em construção. "Quando começa a fazer a casa, a parte mais difícil é o alicerce. No caso do Brasil, o alicerce já está pronto. Falta para o próximo período levantar as paredes e o telhado. Ele aproveitou ainda para comparar o Brasil à Muralha da China que, quando começou a ser construída, ninguém dava muito crédito.
Lula recebeu hoje propostas de cerca de 55 cientistas de todo o País no intuito de trazer colaborações para um segundo mandato.
Também estavam presentes no evento, o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende.
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