O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que a oposição vai usar a "historinha da ética" para atacá-lo durante a campanha presidencial.
"Eles não têm como debater economia, área social, nada. Eles vêm com a historinha da ética e nenhum de nós tem de ter medo de debater ética", disse o presidente em comício como candidato em Niterói, que reuniu militantes do PT e de partidos aliados.
Lula chegou a chamar ao palanque o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral. O partido esteve envolvido em denúncias de corrupção no ministério de Ciência e Tecnologia.
"Nenhum companheiro do PSB, PRB, PT e PCdoB pode fugir do debate político. O que não podemos aceitar é levar desaforo para casa", disse Lula no discurso.
O presidente denunciou ainda que o esquema dos sanguessugas foi montado em governos anteriores.
"Até quando os nossos adversários falarem de corrupção, não tenham medo, porque quem está tirando o lixo do tapete somos nós... Oitenta por cento de tudo o que foi desvendado de corrupção começou em 80, 85, 87, 90 e 92. Até o projeto dos sanguessugas começou lá atrás", completou Lula.
"Doa a quem doer, seja companheiro ou não. Temos que dar o exemplo", disse o Lula.
O presidente atacou ainda os partidos da aliança do principal adversário, Geraldo Alckmin.
"O PFL e o PSDB vão fazer de tudo para prejudicar o Lula. Eles pensam que, porque vivem no país há 500 anos e têm diploma, sabem mais que um metalúrgico que aprendeu no dia-a-dia... A gente não pode fazer em quatro anos o que não foi feito em 500...", declarou. "Agora vai melhorar muito. Estamos mais calejados e temos mais quatro anos de experiência."
Depois de Niterói, Lula seguiu para outro comício na Cinelândia, na região central do Rio de Janeiro, que estava tomada por bandeiras brancas, com fotos do presidente e do candidato ao governo fluminense Marcelo Crivella (PRB), que faz coligação com PT no Estado.
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