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Depois do secretário da Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, na sexta-feira passada, foi a vez de o secretário de Estado, Colin Powell, fazer advertências ao Irã e à Síria, afirmando que nações que apoiaram o terrorismo ou que buscam obter armas de destruição em massa devem assumir todas as responsabilidade por seus atos.
Em discurso para os membros da American Israel Public Affairs Committee (AIPAC), um grupo de lobby pró-Israel, Powell afirmou que a Síria tem que adotar uma posição mais dura contra o terrorismo e o Irã deve parar de tentar obter armas de destruição em massa.
Autoridades norte-americanas vêm acusado o Irã de planejar a produção de armas nucleares.
O governo iraniano confirmou ter duas instalações nucleares, mas argumentou que seus programas não são para fins militares.
O Irã foi também incluído pelo presidente George W. Bush em um “eixo do mal”, ao lado do Iraque e da Coréia do Norte, em seu discurso sobre o Estado da União, de janeiro de 2002.
Na sexta-feira passada, Rumsfeld havia acusado o Irã de treinar combatentes iraquianos ligados a um grupo da oposição, com base em território iraniano, o que foi negado por autoridades de Terrã.
Em relação à Síria, Rumsfeld acusou esse país de permitir que equipamentos militares, incluindo visores noturnos, entrassem no Iraque através da fronteira entre os dois países.
Essa atitude da Síria, segundo Powell, pôs o país em uma situação em que tem de fazer uma “escolha crucial”.
“A Síria pode continuar a apoiar grupos terroristas no regime moribundo de Saddam Hussein, ou pode seguir um rumo diferente e mais promissor”, acrescentou o secretário. “Em ambos os caminhos, está nas mãos da Síria a responsabilidade por suas escolhas e pelas conseqüências”.
No fim da semana passada, o governo sírio rebateu as acusações feitas por Rumsfeld.
“Isso não tem fundamento, não é verdadeiro e é injusto”, declarou no domingo o embaixador da Síria nos EUA, Rostom al-Zoubi. “Isso não ocorreu”.
“Nós respeitamos e temos um compromisso com a legitimidade internacional, e a Síria não faz nem fez nada que violasse a legitimidade internacional”, acrescentou.
Já Powell, em seu pronunciamento, disse que as nações que fizerem escolhas pela paz e a democracia serão recompensadas.
No que o presidente Bush chamou de “O Desafio do Milênio”, os EUA “darão grandes somas de dinheiro àqueles países que assumam um verdadeiro compromisso com a democracia”, que implantem governos justos, que invistam em suas populações e que sigam o caminho da liberdade econômica, acrescentou o secretário de Estado.
Dessa forma, completou, Washington pode ajudar a promover o crescimento econômico e a fazer com que essas nações avancem no caminho da prosperidade.
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