Já com os arredores de Bagdá em seu campo de visão, tropas da coalizão liderada pelos Estados Unidos aproximaram-se significativamente da capital do Iraque, nesta quinta-feira, enquanto autoridades iraquianas rejeitavam as notícias sobre a chegada iminente das forças inimigas como uma "ilusão".
O Comando Central afirmou que na tarde desta quinta-feira (hora de Bagdá), forças da coalizão estavam a menos de 20 quilômetros do centro da cidade. Um repórter da Reuters, que acompanha uma das unidades militares, disse que há soldados norte-americanos a menos de 10 quilômetros.
Mas o ministro iraquiano da Informação, Mohammed Saeed al-Sahaf, negou veementemente que forças norte-americanas estivessem perto de Bagdá.
"Eles não estão nem mesmo a 100 quilômetros", declarou. "Eles não estão em lugar algum. Eles não ocupam lugar nenhum no Iraque. Isso é uma ilusão... eles estão tentando vender ilusão aos outros", declarou, em entrevista coletiva.
Autoridades militares norte-americanas usaram um tom de cautela ao relatar o avanço de suas tropas, lembrando que soldados da Guarda Republicana, do Iraque, estavam se deslocando por Bagdá e seus arredores.
"Antes do que se espera"
Horas antes, um porta-voz dos Fuzileiros Navais dos EUA, coronel Tom Bright, havia declarado que as tropas da coalizão chegariam à capital iraquiana "muito rapidamente".
"Isso vai acontecer antes do que vocês do que vocês esperam", disse Bright, o chefe de operações conjuntas dos Fuzileiros Navais no Comando Central, em Doha, no Catar.
Bright não especificou quando o assalto à cidade começaria, mas enfatizou que o fim está próximo para o presidente Saddam Hussein e seu regime.
E o Exército norte-americano, em comunicado à imprensa, declarou que sua Quinta Unidade havia "aberto os portões de Bagdá", com a destruição da Divisão Medina da Guarda Republicana, em operações realizadas na região centro-sul do Iraque.
O comunicado não deu detalhes sobre a referência a Bagdá, exceto para mencionar vitórias norte-americanas nas cidades de Najaf e Samawah e em áreas vizinhas.
"Nós continuamos a destruir o inimigo que se apresenta à nossa frente, uma divisão atrás da outra", declarou Bright à CNN. "Ele (Saddam Hussein) está, certamente, sentindo o laço apertado. Nós estamos perto de Bagdá e, antes que vocês saibam, estaremos lá dentro".
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