Os gastos de servidores públicos federais com cartões corporativos aumentaram 129% em 2007, comparado a 2006, e chegaram a R$ 75,6 milhões, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU). O uso mais freqüente que estes funcionários têm feito do cartão é para saque em espécie, sendo que a justificativa para essa despesa só é apresentada depois do gasto do dinheiro, quando o servidor apresenta a prestação de contas por escrito na repartição na qual trabalha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) apresentou um projeto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo que a fiscalização destes gastos seja maior. "É um golpe nos princípios da transparência", disse o parlamentar ao Estado.
O governo diz que técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsáveis pelo censo agropecuário em pequenos e médios municípios, e agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foram os grandes responsáveis pelo aumento nos gastos com cartão corporativo, publicou o jornal.
A Abin diz que os saques em espécie são feitos para preservar a natureza sigilosa de suas operações, segundo o jornal. Já a CGU justifica o aumento por fenômenos sazonais e pela migração do processo de gatos dos servidores para o cartão. A controladoria disse que estuda com o Ministério do Planejamento formas de fixar limites para os saques.
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