O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), teria acionado pessoalmente a máquina pública para influir na mais recente pesquisa do Datafolha sobre sucessão da cidade, segundo informações publicadas neste domingo pela Folha de S.Paulo.
De acordo com o jornal, no dia 23 de julho, Kassab enviou mensagens a 26 subprefeitos pedindo que realizassem "ações" para identificar um "ponto" onde o instituto Datafolha abordaria eleitores. A pesquisa foi divulgada no dia seguinte, 24.
O prefeito confirma ter enviado o e-mail, mas nega que tenha tentado influenciar o resultado. Kassab disse que foi apenas uma "ação preventiva" para "evitar maldades". A justificativa é de que "pessoas ligadas ao PT" costumam causar tumulto nos locais de entrevistas para prejudicar a percepção do público.
O diretor do instituto Datafolha, Alessandro Janoni, diz que é impossível que ações desse gênero influam sobre os resultados do levantamento. No entanto, afirmou que, se o prefeito suspeitava de ações indevidas por parte dos adversários, deveria ter recorrido à Justiça Eleitoral.
Na pesquisa, Kassab apareceu em terceiro lugar, com 11%, atrás de Marta Suplicy (PT), com 36%, e Geraldo Alckmin (PSDB), com 32%.
