Depois de mais de duas horas de depoimento, o deputado Paulo Pereira (PDT-SP) deixou a Superintendência da PF em Brasília. De acordo com sua defesa, durante os esclarecimentos prestados ao delegado Rodrigo Levin, o deputado respondeu a todas as perguntas e voltou a dizer que é vítima de perseguição política. Ele conta que levou uma auditoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para comprovar sua inocência.
"Trouxe aqui ao delegado uma nota de uma auditoria no BNDES, mostrando que não teve nenhuma irregularidade. Então, portanto, ficou comprovado que isso é uma grande perseguição que estão fazendo contra mim por causa do trabalho que venho realizando no Congresso", disse.
O advogado de Paulinho, Antônio Rosella, disse que seu cliente não deverá ser indiciado. "Na nossa opinião, em hipótese alguma (ele será indiciado) porque não existe nenhum tipo de participação dele em qualquer ato e ficou comprovado que se trata de perseguição política", afirmou.
O advogado ressaltou que Paulinho não prestou depoimento à PF e sim "esclarecimentos" pois, segundo Rosella, juridicamente ele não é investigado.
Paulinho é suspeito de envolvimento em um suposto esquema de desvio de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), descoberto pela Operação Santa Tereza, neste ano. O parlamentar foi acusado de participar das irregularidades por meio da Organização Não Governamental (ONG) Meu Guri, entidade ligada à Força Sindical, presidida pela mulher dele, Elza de Fátima Costa Pereira.
