Metalúrgicos da General Motors (GM) do Brasil, que tem sede em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, realizaram, nesta qunita-feira em frente à fábrica, manifestação contra o desligamento de 1.633 trabalhadores da empresa e licença remunerada a outros 900. Os funcionários que serão dispensados têm contrato por tempo determinado e os desligamentos vão ocorrer de acordo com o vencimento do contrato de cada trabalhador.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, até o mês de abril, cerca de 50 trabalhadores por dia receberão a carta de dispensa. Até sexta-feira, 90 funcionários devem ser desligados.
"Aqui a produção estava a todo vapor, mas seria difícil essa manutenção no pico em que estava. Eles estão tomando uma atitude até arbitrária, porque, se ganhássemos um fôlego de três ou quatro meses, tudo indica que poderíamos retomar à normalidade", afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Aparecido Inácio da Silva.
De acordo com Silva, em reunião com a empresa, o sindicato vai propor alternativas para o desligamento dos trabalhadores, como a suspensão temporária do contrato de trabalho (medida conhecida como layoff). A reunião está marcada para 5 de março.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a GM afirmou que não vai se manifestar sobre as dispensas.
