O desenvolvimento do Windows 7 está sendo bem diferente do de outras versões anteriores do sistema. O principal motivo dessa diferença é a equipe responsável por ele, encabeçada por Steven Sinofsky, que antigamente trabalhava na área de Office. Para quem está dentro do programa de testes, essa mudança de paradigma é visível.
O novo sistema adotado é visivelmente mais enxuto e esperto. Temos um Beta 1 estável e bem feito, muito diferente, por exemplo, do Beta 1 do Vista, que foi, no mínimo, traumático. No geral as mudanças são mais rápidas, features não são liberadas pela metade, e no fim das contas o “povão” só vê a parte boa do desenvolvimento. Problemas, bugs grosseiros e outras coisas do tipo? Isso fica entre nós (leia “nós” como “nós da Microsoft”, eles lá).
Só que nem tudo são rosas, e tem muito beta tester oficial irritado com o tratamento que a Microsoft está dando ao programa. A principal queixa é em relação à pouca informação que Redmond libera acerca do que está sendo feito no novo Windows. Ao invés de ser uma via de duas mãos, o programa beta está parecendo uma de mão única, na qual apenas os beta testers relatam bugs e problemas, mas não recebem respostas claras sobre o que a Microsoft pretende fazer ou fez em relação a eles. O caso-símbolo dessa celeuma é, sem dúvida, o imbróglio em que se envolveram Long Zheng e Rafael Rivera, por conta de uma falha no UAC.
Mary Jo Foley e Paul Thurrott já abordaram a questão, também. E parece que essa pressão toda, a exemplo do que ocorreu com o caso UAC, surtiu resultado: saiu, no Engineering Windows 7, um post imenso detalhando várias mudanças ocorridas entre o Beta 1 e o Windows 7 RC. Boa, Microsoft!
As mudanças são várias, e abordam muitas partes do sistema, da interface até o desempenho, passando pelo Explorer, Windows Media Player e ferramentas de rede. Como muitos leitores não dominam o idioma do Tio Sam, eu e Felipe Zorzo traduzimos o post. Confira-o, na íntegra, no bom e velho novo português:
Experiência do desktop
1. Windows Flip (ALT + TAB) com Aero Peek
Nós recebemos muitíssimos feedbacks positivos sobre o Aero Peek e como ele ajuda os consumidores a alternar janelas com maior segurança. Daniel escreveu para nós dizendo “Eu me pergunto por que o Peek não foi implementado na janela do Alt + Tab. As miniaturas parecem/comportam-se da mesma maneira que as miniaturas da barra de tarefas quando você passa o mouse sobre elas. Parece lógico que elas exibam o mesmo comportamento também”. Nós decidimos realizar essa mudança, já que recebemos muitos pedidos por ela. Você ainda pode alternar rapidamente entre janelas e passear pelas que estão abertas usando as teclas Alt + Tab, mas quando mais informações sobre uma janela forem necessárias, o Aero Peek surgirá. O recurso é ativado de acordo com o tempo em que você para sobre um item enquanto alterna entre as janelas.
Aero Peek no Alt + Tab.
2. Atalho do teclado WinKey + <#>
Entusiastas sempre nos pedem mais atalhos no teclado para simplificar suas tarefas comuns. Eficiência é a chave. Nós respondemos com muitos poderosos novos atalhos no teclado para a barra de tarefas que podem deixar o mouse em qualquer lugar. Apertando WinKey + <#> (onde <#> corresponde aos items da barra de inicialização rápida, na ordem) no Vista apenas lançaria o programa. Como parte da unificação da barra de inicialização rápida com a barra de tarefas no Windows 7, nós agora melhoramos o atalho, de modo que ele pode lançar e alternar. Por exemplo, se o IE não estiver aberto (na imagem acima), então WinKey + 2 abriria o programa (como no Vista). Se o IE estiver rodando numa única janela, o mesmo atalho irá alternar para o programa. A mágica começa pra valer quando o IE está rodando com muitas janelas ou abas - segurar a WinKey e apertar a tecla 2 repetidamente alterna entre todos os itens abertos relacionados ao IE na barra de tarefas (com o Aero Peek, claro). Imagine isso como um atalho Alt + Tab por programa, para os 10 primeiros itens da barra de tarefas. Se você precisa de uma nova instância do IE, simplesmente use o atalho Shift + WinKey + <#>. A Jump List de um programa também pode ser acessada via Alt + WinKey + <#>. Por fim, você pode voltar à última janela ativa de um programa usando Ctrl + WinKey + <#> (isso também funciona segurando Ctrl e clicando com o mouse no botão da barra de tarefas). Aficionados pelo teclado irão adorar!
3. Estados necessitados
“Janela necessitada” é um termo interno que usamos para uma janela que necessita de sua atenção. Desde a década de 90, a barra de tarefas sempre teve algum tipo de visualização para alertar o usuário sobre seu estado, como um botão piscante. Um equilíbrio delicado deve ser atingido entre prover a informação e não irritar o usuário. Com a nova barra de tarefas, recebemos feedbacks dizendo que lembretes do Outlook e conversas no Messenger às vezes passam despercebidas porque às vezes as “janelas necessitadas” eram muito sutis. Por exemplo, Mudassir abriu um bug para dizer “A piscada não é óbvia o suficiente para obter a atenção do usuário. Às vezes eu sequer a percebo. Ela pisca um pouquinho e então para. Se eu estou ausente, o ícone pisca e para antes de eu voltar. O ícone não é perceptível.” Nós realizamos três mudanças que devem resolver esse problema. Primeiro, nós mudamos a curva da animação piscante para fazê-la mais perceptível. Segundo, nós usamos um tom laranja mais forte. Finalmente, nós queríamos dobrar o número de piscadas, que atualmente é definida em três. Mas pegando o gancho do Windows 7, decidimos, então, deixar sete piscadas.
4. “Abrir com” na barra de tarefas
A barra de inicialização rápida sempre suportou a habilidade de arrastar um arquivo num programa fixado e então abri-lo com o tal programa. A nova barra de tarefas, por outro lado, sempre trata o arrastar como um comando de fixação. Arraste um programa, e o programa será fixado. Arraste um arquivo, e o mesmo será fixado na Jump List do seu respectivo programa, e este será fixado automaticamente na barra de tarefas. É importante para nós manter a consistência do arrastar e soltar. Acreditamos que na maioria dos casos as pessoas abrirão seus arquivos através do desktop simplesmente dando um clique duplo neles, ou a partir das Jump Lists, e o programa padrão abrirá. No entanto, há alguns cenários onde o usuário quer abrir um determinar tipo de arquivo com outro programa. Ouvimos esse feedback, e decidimos ressuscitar o “Abrir com” do arrastar e soltar na barra de tarefas com a ajuda do teclado. Basta segura a tecla Shift e arrastar o arquivo para o programa desejado.
5. Escala da barra de tarefas
Nós ganhamos muito espaço na barra de tarefas unificando programas abertos/alternados, juntando janelas abertas e limpando a área de notificação. Mesmo assim, alguns pediram mais espaço para fixar os programas que usam regularmente. Fizemos uma alteração para espremer 24-39% mais ícones antes da barra de rolagem aparecer na barra de tarefas - dependendo da sua resolução, tamanho dos ícones e levando em conta a área de notificação padrão. A tabela abaixo ilustra a nova capacidade de botões antes que a barra de tarefas se quebre em duas, bem como o crescimento da capacidade desde o Beta 1. Acreditamos que os usuários terão espaço mais que suficiente para fixar seus programas mais usados.
Tabela de crescimento da barra de tarefas.
6. Âncoras nas miniaturas da barra de tarefas
Pousar o cursor sobre ou clicar num botão da barra de tarefas evidencia todos as janelas em execução daquele programa. Após ver um conjunto de miniaturas abertas, Kozlow perguntou “como eu sei qual aplicação abriu o grupo de miniaturas?”. Em outras palavras, as miniaturas não pareciam visualmente conectadas à barra de tarefas. Fizemos uma atualização visual na qual, agora, o efeito hot-track á mantido quando o mouse está sobre as miniaturas. Na imagem abaixo você pode ver que o IE mantém a cor azul mesmo quando o mouse está sobre uma miniatura.
Hot-track também nas miniaturas.
7. Novos programas instalados
“Usuário no controle” é um mantra tão forte no Windows 7 que sequer permitimos que programas se fixem automaticamente na barra de tarefas após serem instalados. Essa é uma tarefa totalmente reservada ao usuário. Recebemos alguns pedidos para fazer essa meta ser mais simples, então, agora quando um programa é instalado, ele automatica e temporariamente aparece no rodapé do menu Iniciar. O usuário consegue facilmente descobrir essa nova adição, abri-lo diretamente ou, a seu critério, arrastá-lo para a barra de tarefas para acessos rápidos no futuro.
8. Tamanho da Jump List
As Jump Lists estão provando serem uma valiosa ferramenta para acesso rápido a arquivos comuns, pastas, links e tarefas. Steve relatou um bug no qual ele diz que “O ponto principal é que as Jump Lists são para facilitar o acesso a locais favoritos. No entando, elas não economizam meu tempo quando têm que varrer uma longa lista de locais comuns.” Em outras palavras, às vezes é difícil encontrar um item quando a lista é muito longa. Nossos dados de telemetria informam que na maioria dos casos os usuários clicam num dos 10 primeiros itens. Consequentemente, nós atualizamos as Jump Lists, de modo que agora no máximo 10 itens serão automaticamente sugeridos (esse limite não se aplica a tarefas ou itens fixados). Não se preocupe - também há uma opção para entusiastas personalizarem o tamanho das listas.
9. Aumento da flexibilidade de fixação com Jump Lists
Por motivos de organização, escala e identificação, a barra de tarefas é desenhada para abrigar arquivos, pastas e links nas Jump Lists de programas. Itens só podem ser fixados nas Jump Lists de programas que consigam manipular determinados tipos de arquivos [N.T.: não dá para fixar um *.doc na Jump List do Media Player]. Baseado no feedback recebido, agora permitimos que itens sejam fixados em Jump Lists de programas que não estejam registrados para trabalharem com seu tipo de arquivo. Melhor que isso, ao fixar um item, na maioria dos casos um novo registro será criado, de modo que ao lançar o arquivo a partir da Jump List, ele sempre será aberto com o programa no qual está atrelado ali. Por exemplo, você pode fixar um arquivo *.html na Jump List do Bloco de notas, e quando você clicar nele a partir da Jump List, ele sempre abrirá no Bloco de Notas, mesmo que o Internet Explorer esteja definido como padrão para lidar com esse tipo de arquivo.
10. Opções de visualização de ícones e gadgets no desktop
Windows 7 tornou fácil gerenciar, visualizar e acessar os gadgets construindo-os diretamente no desktop. O feedback do David bate com o que outros já nos disseram: “No Vista, eu podia ocultar os ícones do desktop deixando meus gadgets visíveis e disponíveis. Eu gostava dessa característica no Vista, especialmente com todos os ícones que constantemente são jogados no desktop por causa dos instaladores de programas. Eu não quero ver esses ícones, mas eu quero ver meus gadgets.” No Beta, era impossível separar ícones do desktop dos gadgets nas opções de visualização do botão direito do mouse (View). Fizemos uma mudança para viabilizar controles independentes para cada um, logo, agora é possível optar em esconder apenas os ícones, ou apenas os gadgets.
Sensibilidade ao toque
11. Suporte ao toque no Aero Peek
Estamos animados com o Peek e aperfeiçoamos sua funcionalidade. Nossos consumidores da tecnologia sensível ao toque aproveitarão os benefícios da manipulação direta dos elementos, porém eles nos reportaram que foram excluídos de algumas das novas funcionalidades disponíveis para o mouse e o teclado. Fizemos duas melhorias que serão muito adoradas. Primeiro, as miniaturas da barra de tarefas agora suportam gestos, assim você pode arrastar seu dedo pela interface e invocar o Aero Peek. Também, o botão “Mostrar área de trabalho” foi melhorado, assim, um “pressione-e-segure” nele permitirá que o consumidor dê uma olhada no desktop. Um toque normal em ambos os cenários continua a alterar entre os programas.
12. Teclado com suporte ao multi-touch
Uma coisa engraçada acontece com quem usa o toque para interagir com o software do teclado pela primeira vez. O instinto natural é pressionar vários botões ao mesmo tempo assim como se faz num teclado real. É bastante aceitável tentar usar o Shift + para escrever em maiúsculas, por exemplo. O RC inaugura o suporte ao multi-touch no teclado sensível ao toque, então os consumidores aproveitarão uma experiência mais realística.
13. Clique inverso no multi-touch
Pessoas que confiam no recursos de toque nos relataram um punhado de experiências quando elas pressionam e seguram algo para chamar o menu de contexto. Essa abordagem funciona, mas ocorre um pequeno atraso. Nós temos agora um novo gesto multi-touch para cliques inversos (cliques com o botão direito, se preferir). Simplesmente toque um item com um dedo e use outro dedo para tocar e invocar um menu de contexto.
14. Arrastar-e-soltar e seleção
No Beta não havia um meio para selecionar texto em um site, já que ele rolava tanto horizontalmente quanto verticalmente. Consumidores agora são capazes de arrastar-e-soltar e selecionar itens com o toque, mesmo em páginas que podem rolar. O novo comportamento é otimizado para as duas ações mais comuns por usuários do recursos de sensibilidade ao toque: rolar a página para cima e para baixo e arrastar itens da esquerda para a direita.
Rede
15. Experiência de acesso à Internet
A nova experiência de navegação na área de notificação torna muito mais simples encontrar e conectar-se à redes. As pessoas parecem realmente gostar que a qualidade do sinal wireless esteja disponível facilmente. No nosso esforço de simplificar a experiência, removemos alguns indicadores em poucos cenários mais avançados. Baseados no feedback, decidimos introduzir um novo ícone que mostra quando há uma conexão local sem acesso à internet.
Painel de Controle
16. Controle de Contas de Usuário (UAC)
Se você tem acompanhado o Engineering Windows 7, então você já sabe sobre uma recente mudança que fizemos nos pedidos de modificações feitas ao Painel de Controle de Contas de Usuário. Para mais informações, por favor leia esse post.
17. Bloquando uma máquina sem uma proteção de tela
Não é incomum aos gerentes de TI querer que suas máquinas de trabalho bloqueiem-se automaticamente depois de certo tempo. No Beta, a ativação dessa função exigia uma proteção de tela. Fizemos uma mudança que permite que essa função seja usada mesmo quando não há uma proteção de tela configurada.
18. Acesso mais rápido ao plano de energia “Alto Desempenho”
Clicando no ícone de bateria na área de notificação você vê dois diferentes planos de energia: Balanceado e Economia de energia. Notebooks com o Windows 7 são configurações por padrão para usar no plano Balanceado, uma vez que essa configuração permite uma boa experiência e ao mesmo tempo um ambiente que mais amigável à bateria. Porém, alguns consumidores nos disseram que eles gostariam de poder alternar entre o plano Balanceado e o Alta Performance (ou qualquer outro plano) facilmente. Fizemos uma mudança que agora mostra o último plano usado no menu no ícone quando essa opção for ativada nas Opções de Energia do Painel de Controle.
19. Melhorias nos temas personalizados
Sempre soubemos que os consumidores amam personalizar seus Windows. No centro disso tudo estão os “ingredientes”, como o papel de parede, a cor do glass, sons e proteções de tela. No Windows 7 introduzimos temas que tornaram mais fácil a ativação de um pacote completo de combinações já definidas ou ainda o salvamento das próprias personalizações. Entretanto, durante o Beta ouvimos coisas como “Eu só mudei o papel de parede ou a cor e eu vi as mudanças, mas achava que havia salvo elas quando isso realmente não acontecia”. Adicionamos textos sobre cada tema, não somente para identificação, mas também para mostrar para o usuário o estado do tema. O novo texto “Tema não salvo” aparece próximo ao comando “Salvar tema”. Esses ajustes devem fazer a personalização um pouco mais previsível e uma experiência mais agradável.
Windows Media Player
20. Melhorias nas rádios via Internet
Rádios via Internet continuam ganhando popularidade. Recebemos feedback de que às vezes o playback de streams de rádio ficam inconsistentes, dependendo das condições da rede. É importanten notar que nosso entendimento acerca desse problema foi muito ajudado pelo grande quantidade de usuários testando o recurso, topologia de redes e nossa telemetria no Beta. Fizemos mudanças no Windows Media Player visando deixar o streaming de áudio mais confiável e flexível.
21. Melhorias no suporte a vídeos gravados por câmeras e afins
Usuários adoraram o aumento no leque de formatos nativamente suportados pelo Windows 7 Beta, mas notaram áreas onde eles querem um suporte ainda maior. Por exemplo, era impossível avançar até determinado trecho de um vídeo no Windows media Player ou Windows Media Center em conteúdo AVCHD importado de uma câmera. Nós corrigimos isso. Também, apesar do suporte a vídeo de algumas câmeras digitais funcionar bem, recebemos o pedido de adicionar suporte nativo a mais formatos de vídeo. Decidimos então adicionar suporte nativo no Windows Media Player ao formato *.mov, usado na captura de vídeo de muitas câmeras digitais bastante comuns.
[N.T.: outros formatos também já foram confirmados. A saber: Matroska (*.mkv), OGG Vorbis (*.ogg), FLAC (*.flac) e HD-DVD. Seria muito pedir Real Media (*.rmvb)também? :-P .]
22. Visualização mais limpa do “Now Playing”
Usuários compartilharam análises positivas sobre a nova visualização “peso-pena” Now Player, do Windows Media Player. Mas alguns pediram para fazer essa experiência mais limpa. Nós respondemos a esse pedido com uma atualização visual, que deixa o player ainda mais leve e compacto.
23. Filtrar conteúdo que não pode ser tocado
A visualização da bilbioteca do Media Player é desenhada para mostrar seu conteúdo. No entanto, em alguns casos são mostrados itens que não podem ser tocados. Por exemplo, conteúdo no formato lossless .M4A, da Apple, ou o .H263 MPEG-4, que aparece na biblioteca mesmo não sendo possível tocá-lo. No RC, esse conteúdo não mais aparecerá na biblioteca, o que permite ter melhor noção do que é suportado pelo player.
24. Continuar depois de dormir
Usuários são acostumados a continuar a reprodução de um CD ou DVD após uma interrupção. Pelo fato de muitas pessoas estarem escolhendo máquinas de baixo custo/pequenas sem drives de CD/DVD, um cenário que cresce muito é o de reproduzir conteúdo diretamente do HD. no Beta, não era possível continuar a reprodução depois que o notebook dormia. Usuários acharam que a experiência deveria ser a mesma das mídias físicas, então corrigimos esse detalhe para bater com as expectativas.
25. Relações de sincronia no Windows Media Player silenciosas
Quando o Media Player está aberto, e um mp3 player ou drive USB é inserido, nós mostramos uma caixa de diálogo para determinar se uma relação de sincronismo deve ser criada com o novo dispositivo. Nossa meta original era ser pró-ativo e ajudar os usuários a fazer uma decisão no contexto, mas recebemos comentários de que essa experiência era ruim. Como resultado, não iremos mais interromper quando o player estiver rodando. Isso vai de encontro com nossa meta para o Windows 7 “usuário no controle”, e acreditamos que as pessoas conseguem configurar isso manualmente caso desejem.
26. Acesso facilitado a configurações avançadas
Que entusiastas não quer mexer nas configurações do seu player? Isso foi questionado em muitos comentários, então facilitamos o acesso e ajuste dessas configurações. O equalizador, velocidade de reprodução, SRS WOW e outras opções agora aparecem no contexto do menu Now Playing, sob os Enhancements.
27. Melhorias na Jump List
A Jump List do Media Player provê acesso rápido ao conteúdo consumido pelo usuário. A lista ficou ainda mais poderosa e completa no RC, agora que incluídos também itens abertos a partir do Explorer.
Device Stage
28. Enriquecimento do ecossistema Device Stage
Usuários tem sido muito positivos acerca do novo Device Stage [N.T.: espécie de central de boas-vindas para dispositivos portáteis. Mais informações aqui (em inglês).], e um dos maiores pedidos que recebemos foi “por que muitos dos meus dispositivos não são suportados?” Nós recebemos esse feedback de coração aberto, e então o levamos para nossos parceiros IHV e OEM para eles acrescentarem mais dispositivos ao rol dos suportados. Nossos parceiros de hardware pediram para deixarmos a integração com o Device Stage mais simples, então trabalhamos com eles para melhorar isso. Embora o Windows já suporte dezenas de milhares de dispositivos, o feedback dos usuários resultou em ainda mais dispositivos suportados no RC através do Device Stage.
Sound UX
29. Melhorias na experiência com fones de ouvido
Usuários nos informaram que às vezes o áudio não se movia corretamente das caixas de som para os fones de ouvido. A correção exigiu uma atualização no algoritmo que usamos para detectar novos dispositivos. No RC, a transição ocorre de maneira mais confiável.
30. Fidelidade do áudio maior
Em alguns casos, pessoas relataram não ter sequer um dispositivo de áudio após a instalação do Beta. O problema é que alguns acessórios de áudio não funcionam de primeira com nosso driver nativo de áudio. Incrivelmente há mais de 26 mil drivers de áudio personalizados, e muitos outros disponíveis no Windows Update. O RC afina o teste do Windows Logo para melhor garantir uma instalação limpa de drivers que garantam o funcionamento de caixas de som e microfones. Além disso, continuaremos abastecendo o Windows Update com drivers frequentemente necessários.
Windows Explorer e bibliotecas
31. Melhorias no cabeçalho
É bom ver os usuários perceberem a conveniência e o poder das bibliotecas. Ter arquivos agregados numa conveniente visão, sem se preocupar aonde eles estão fisicamente guardados, simplifica muitos cenários. O cabeçalho das bibliotecas no Beta mostrava apenas uma linha estática que representava quantos locais faziam parte da biblioteca. Ouvimos o feedback de que isso não era muito claro e, mais importante, que os usuários preferiam ter mais informações, a fim de se orientarem melhor. O RC apresentará um novo cabeçalho, que atualiza para revelar subpastas como se navega na biblioteca. Além disso, o menu de visualizações “Arrange by” será melhor exibido no canto superior direito, próximo de outros controles de visualização e pesquisa.
32. Menos confusão no arrastar e soltar
O RC removerá a habilidade de arrastar e soltar uma pasta dentro das bibliotecas no painel de navegação do Explorer. Sabemos que alguns gostam dessa funcionalidade para criar uma nova biblioteca, mas isso também representa alguns sérios problemas de design. Por exemplo, alguns se surpreendem em encontrar uma nova biblioteca criada quando querer apenas copiar uma pasta. Mais sérias ainda, são circunstâncias onde as pessoas apagam a pasta original pensando que ela já foi copiada. Perda de dados é uma grande preocupação para nós, e não queremos que os usuários sofram disso por puro engano. Não se preocupe - ainda é possível criar novas bibliotecas usando os comandos “New Library” ou “Include in Library” na barra de comandos do Explorer.
33. Revivendo pontos de entrada familiares
Mando escreveu “no Windows 7, o atalho WinKey + E abre uma janela do Windows, mas o caminho é as bibliotecas (”Libraries”) - que não é o local que desejo ir na maior parte das vezes. Existe alguma maneira de configurar a pasta que abre com o WinKey + E ou tem algum atalho alternativo que me leve ao “Computador”, como era no Vista?” RC reverte esse comportamento, e agora o atalho abrirá o caminho “Computador” no Explorer. Também mudamos o atalho do nome de usuário no menu Iniciar, deixando-o igual ao comportamento do Vista.
34. Suporte a FAT32
HDs locais em FAT32 não eram suportados nas bibliotecas do Beta. As bibliotecas do RC suportarão HDs nãorremovíveis FAT32 e NTFS graças ao feedback recebido.
35. Melhorias nos modos de visualização
É muito bom ver a reação das pessoas aos modos de visualização nas bibliotecas. Ser capaz de navegar usando metadados certamente agilizar o trabalho de encontrar arquivos. Recebemos muitos pedidos para melhorar ainda mais os arranjos visuais de várias maneiras, e fizemos muitas mudanças em resposta a eles. Para novatos, o RC facilita a troca do modo de visualização - agora é possível fazê-lo diretamente do menu de contexto, que é um ponto familiar de troca de modo de visualização, organização e grupos. Em segundo lugar, os modos de visualização em si foram melhorados no RC. As visualizações por mês e dia na biblioteca “Fotos” agora agrupam juntos fotos e vídeos feitos na mesma data, ao contrário do que ocorria antigamente, onde os vídeos eram separados num grupo à parte. As visualizações “Artista” e “Gênero” na biblioteca “Músicas” agora mostram miniaturas de até três álbuns únicos por artista ou gênero, ao invés de apenas um no Beta. [N.T.: para entender melhor, clique aqui e veja como é atualmente, no Beta]. A biblioteca de vídeos agora apresenta a visualização por duração, permitindo aos usuários dividir vídeos curtos dos longos em suas coleções. Por último, fizemos com que as mudanças de grupos nas visualização de pastas numa biblioteca sejam lembradas como qualquer outra personalização do tipo. Pessoas que gostam de ver seus arquivos organizados de uma maneira peculiar não precisam mais fazer essa configuração toda vez.
Desempenho
36. Melhorias no desempenho através de dados
O feedback chega até nós de muitas maneiras. Normalmente ele consistem em comentários compartilhados por usuários. No entanto, algumas das mais valiosas informações vêm até nós automaticamente, quando as pessoas simplesmente usam o Windows. PerfTrack, por exemplo, é um sistema de telemetria que nos dá valiosos dados de desempenho em situações reais em mais de 500 diferentes cenários de Windows. O empolgante aspecto do PerfTrack é que ele representa o que as pessoas estão realmente vivendo “foram da selva”. Desempenho é muito importante tanto para o time de engenharia, quanto para nossos consumidores, e nós ambicionamos melhorias constantes nessa área. Esse assunto já foi discutido em muitos posts neste blog [N.T.: o Engineering Windows 7.]
Vamos dar uma olhada num exemplo de cenário de Windows que foi melhorado com a ajuda do PerfTrack. Os dois gráficos abaixo mostram o desempenho da abertura do menu Iniciar no Beta e na mais recente versão do Windows 7. Algumas ressalvas antes - as taxas de amostragem são diferentes, afinal, o Beta atingiu maior audiência, e esses números não devem ser encarados literalmente porque eles, na realidade, são só ilustrativos. As diferentes cores denotam o desempenho das “classes de interação” - a margem de experiência aceitável, definido por cada time responsável pelos recursos. Neste caso, queremos que o menu Iniciar apareça em 50ms até 100ms. A ferramenta de captura de traços rodando em cada máquina permite a nós investigarmos e corrigirmos o que pode estar impactando no desempenho. O gráfico mostra que, no Beta, 85% das interações estavam dentro da margem aceitável (em outras palavras, verde ou amarelo, mas não vermelho). Após examinar os traços e fazer algumas otimizações, chegamos a 92% de interações dentro da mesma margem na última build.
Como se nota nessa amostra de mudanças, estamos bastante ocupados melhorando o Windows 7, baseado no que nossos usuários/consumidores nos dizem em vários meios.