Presidente Lula visita Terminal de Regaseificação de GNL da Baía de Guanabara

 

Nacional - 19/03/2009 - 18:37:55

 

Presidente Lula visita Terminal de Regaseificação de GNL da Baía de Guanabara

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta quarta-feira (18/03), o terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) da Baía de Guanabara (RJ).  Obra integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), este é o segundo terminal de regaseificação de GNL do País. O primeiro, também da Petrobras, está instalado no Porto de Pecém (CE). Os dois terminais marcam a entrada da Petrobras no mercado internacional de GNL, garantindo ao Brasil novas fontes de suprimento de gás natural e, consequentemente, maior segurança energética.

Nesta terça-feira (17/03), na sede da Petrobras, a diretora de Gás e Energia da Companhia, Graça Foster, acompanhada do presidente da Transpetro, Sergio Machado, concedeu entrevista coletiva sobre o terminal de regaseificação GNL da Baía de Guanabara. Para Foster o novo terminal é o projeto de integração energética mais importante do País depois da construção do gasoduto Bolívia-Brasil. “Ele ampliará nossa capacidade de colocação de gás no mercado”, avaliou.

Sobre a possibilidade da construção de outros terminais de regaseificação de GNL, a diretora apontou a necessidade de ter concluído um terceiro terminal na virada do período 2012/2013 e uma quarta unidade para 2013/2014. Segundo a executiva, “a Companhia avalia ainda a construção de uma planta offshore de GNL, um sistema móvel, para aproveitamento do gás do pré-sal”.

Iniciada em dezembro de 2007, a construção e a montagem do terminal na Baía de Guanabara foram concluídas em janeiro de 2009. Atualmente, o empreendimento está na fase de pré-operação. O investimento na obra foi de R$ R$ 819 milhões, com a geração de cerca de 1.700 empregos diretos.

O terminal da Baía de Guanabara tem capacidade para regaseificar 14 milhões de m³/dia de gás natural, o que corresponde a quase o consumo médio do mercado térmico em todo o País no ano de 2008 (14.489 milhões de m³/dia). O gás regaseificado no terminal da Baía de Guanabara atenderá, prioritariamente, as usinas termelétricas da região Sudeste. O volume de 14 milhões de m³/dia é suficiente para gerar cerca de 3.000 MW.

A decisão de implantar no Brasil terminais de GNL responde à necessidade de a  Petrobras  atender  a  demanda sazonal das usinas termelétricas (UTEs) a partir de uma fonte flexível de suprimento de gás natural. Complementares à geração  hidrelétrica,  as  UTEs  geram  energia elétrica principalmente no período seco, entre maio e novembro, quando a ocorrência de chuvas é menor. Com a geração das UTEs, poupa-se água nos reservatórios das hidrelétricas.

Projeto inédito

O terminal da Baía de Guanabara foi totalmente construído para atuar como unidade de regaseificação de GNL, diferente do terminal de Pecém, onde foi feita uma adaptação do píer  existente  no  porto  de  mesmo nome. Conceitualmente, os projetos dos dois terminais são idênticos.

Nas proximidades da Ilha do Boqueirão, no Rio de Janeiro, foi montada uma espécie de “ilha de concreto”, com 65 metros de comprimento por 60 metros de largura. Assim como em Pecém, na Baía de Guanabara foram instalados seis braços de GNL e dois de GNC (Gás Natural Comprimido).  Os braços de GNL pesam 70 toneladas cada; e os de GNC, 85 toneladas.

A plataforma de concreto construída para abrigar o terminal foi instalada sobre 266 estacas, com 80 centímetros de diâmetro cada uma, cravadas a até 50 metros de profundidade, a partir do fundo da baía.

O gás natural regaseificado na Baía de Guanabara será enviado às termelétricas por meio de um gasoduto de 15 km de extensão. Construído para interligar o terminal ao Gasduc II, em Duque de Caxias, o gasoduto tem dez quilômetros de trecho submarino e cinco quilômetros, em terra.

Na última quarta-feira (11/03), o terminal começou a principal etapa de seu comissionamento, iniciado há algumas semanas, agora com a atracação dos navios regaseificador e supridor. O regaseificador, chamado Golar Spirit e afretado pela Petrobras, é o primeiro no mundo convertido para realizar o armazenamento de GNL e a transformação do gás natural do estado líquido para o gasoso.  Este navio é originário do terminal de regaseificação de GNL, em Pecém, e veio do Ceará para cumprir essa atividade. O segundo, o Excellence, é o primeiro navio supridor de GNL a entregar uma carga no Brasil. A BG Group é a fornecedora da carga, vinda de Trinidad Tobago.

Essa etapa de comissionamento prevê a transferência de GNL do navio supridor para o regaseificador (Golar Spirit) por meio de tubulações e braços projetados para suportar a temperaturas inferiores a 160º C negativos, chamados criogênicos, instalados no terminal. Em seguida, o GNL será regaseificado no Golar Spirit e enviado à malha de gasodutos existente por meio de braços de gás natural comprimido.

Nessa fase de comissionamento, o gás natural, já em estado gasoso, será  enviado para as usinas Aureliano Chaves (221 MW) e Governador Leonel Brizola (1.036 MW). Durante o comissionamento, a planta de regaseificação, instalada a bordo do Golar Spirit, deve operar a diferentes níveis de vazão, assim como as usinas, que vão gerar energia elétrica de acordo com a quantidade de gás natural enviado pelo terminal.

O gás natural originado do GNL complementará a oferta nacional de gás  natural. Hoje, a demanda interna é atendida pelo gás nacional, produzido pela Petrobras, e o importado da Bolívia. Com o GNL, a Petrobras passa a importar o produto de outros países, tais como Trinidad & Tobago e Nigéria.

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