O ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não quis se pronunciar sobre as novas informações sobre a Operação Castelo de Areia, em que a Policia Federal foi acusada por membros da oposição de omitir o PT, PTB e PV do relatório final sobre supostas doações da empresa Camargo Corrêa para campanhas políticas. Anteriormente, apenas os partidos PSDB, DEM, PPS, PP, PSB PDT e PMDB haviam sido citados.
"Coisa que está na esfera federal, o governo não se manifesta. Vocês peçam a manifestação do Ministério da Justiça. Do meu ponto de vista, da Casa Civil da Presidência da Republica, nós não iremos nos manifestar sobre investigação judicial", disse a ministra, nesta terça-feira, ao chegar no 53º Congresso Estadual de Municípios, em Santos, litoral de São Paulo.
Virtual candidata do PT e com o apoio do presidente Lula para as eleições presidenciais no ano que vem, Dilma mais uma vez negou que esteja fazendo campanha política. "Eu não vou falar em campanha, não vim aqui fazer campanha. Sou ministra-chefe da Casa Civil. Estou aqui fazendo papel fundamental para o governo que é a articulação federativa", disse, ao ser questionada sobre sua colocação nas pesquisas eleitorais.
A ministra ainda falou sobre os principais programas sociais do governo federal durante a atual crise financeira mundial. "Nem o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nem o Bolsa Família estão sob incertezas. O que o governo fez foi um contingenciamento, pois nós não estamos crescendo como no ano passado, em que chegamos a crescer 6,8% nas vésperas da crise. Essa queda era esperada e temos que nos comportar com calma", afirmou Dilma.
Para concluir, a ministra falou sobre parcerias entre o governo federal e o do Estado de São Paulo. "Nós temos cooperação com todos os governos estaduais. Com o de São Paulo, por exemplo, temos uma participação no Rodoanel, além de outros projetos em que já atuamos juntos. Para nós, essa é uma parceria que queremos manter, ampliar e criar outras oportunidades de investimento", finalizou.