O secretário de Saúde avaliou o 1º Encontro Popular de Saúde de São Bernardo do Campo, que aconteceu em 3 e 4 de abril, no Teatro Lauro Gomes, como extremamente positivo. O principal resultado do evento foi a viabilização da VI Conferência Municipal de Saúde, que vai acontecer de 31 de julho a 2 de agosto. O prefeito da cidade assinou o decreto autorizando o evento, que terá como finalidade debater a política municipal de Saúde de São Bernardo do Campo, além de definir as diretrizes que vão compor o Plano Municipal de Saúde até 2012.
De acordo com o secretário de Saúde, em abril e maio serão realizadas 10 pré-conferências regionais por meio da parceria entre a Prefeitura de São Bernardo e o Conselho Municipal de Saúde. Dessas pré-conferências sairão os representantes do segmento usuários para a VI Conferência. O cronograma das pré-conferências será definido nos próximos dias.
Por volta de 450 pessoas, representantes de diferentes segmentos da sociedade, participaram do 1° Encontro Popular da Saúde, que contou com a presença do secretário de Estado da Saúde da Bahia, Jorge Solla, do ex-secretário municipal da saúde de São Paulo Carlos Néder e da deputada federal Luiza Erundina (PSB). Eles discutiram a reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade e a importância da participação da sociedade no processo de democratização das políticas públicas.
Segundo o secretário de Saúde de São Bernardo, o apoio dado pelos participantes à reforma da saúde, em tramitação na Câmara Municipal, foi muito importante. "Um outro aspecto foi a ampla adesão dos participantes à regulamentação da Emenda Constitucional 29, que está tramitando no Congresso Nacional, e que disciplina os percentuais de gastos nas três esferas de governo para as ações de saúde", completou. A mobilização está sendo promovida pelo Conselho Nacional de Saúde em defesa do caráter público e universal do sistema de saúde brasileiro.
Outro fato que chamou a atenção no encontro, de acordo com o secretário de Saúde, foi a evidente mudança da postura da secretaria em relação à participação da população. "Foram feitas muitas reivindicações e sugestões de melhoria, porém, de forma bastante democrática. A população está sentindo que a administração municipal está mais próxima e aberta para ouvir denúncias, sugestões, críticas e construir, junto com a população, alternativas para melhorar o sistema municipal de saúde", concluiu.
