A empresa Iesa Óleo e Gás, suspeita de integrar um suposto esquema de fraudes em licitações da Petrobras e investigada pela Operação Águas Profundas, da Polícia Federal (PF), mantém pelo menos um contrato, assinado em julho de 2008, no valor de R$ 190 milhões, com a Petrobras. A empresa ainda fez parte do consórcio que ganhou a licitação para a construção da plataforma P-63, com proposta de US$ 1,65 bilhão. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Dois diretores da empresa respondem a processo criminal ligado à operação da PF. Na época da ação, em 2007, a Iesa foi investigada suspeita de comprar dados privilegiados da empresa Angraporto, que teria pagado propina a funcionários da Petrobras, para ter mais chances de vencer as licitações.
Segundo o jornal, a PF e o Ministério Público descobriram a fraude em pelo menos um caso, a concorrência da plataforma P-14, em 2006. A Folha afirmou que a empresa reconheceu ter pagado R$ 3,5 milhões à Angraporto, mas negou que funcionários da estatal tenham recebido propina.
A Iesa afirmou ao jornal que não é ré em nenhum processo criminal, mas reconheceu que os diretores a ação na Justiça. A empresa disse também que o contrato para a reforma da P-14 não sofreu influência de supostos acertos com a Angraporto. A Folha afirmou ainda que a Petrobras não se manifestou sobre o motivo de manter contrato com uma empresa envolvida em operação da PF.
