O presidente do PSB e governador de Pernambuco Eduardo Campos, afirmou na quinta-feira, após reunir-se com o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a tendência do partido é que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) se candidate à Presidência da República. Entretanto, segundo Campos, se duas candidaturas de partidos aliados viabilizarem a vitória da oposição, a legenda atuará por um nome único da base do governo.
Ciro Gomes pode tanto disputar a sucessão presidencial como candidatar-se ao governo de São Paulo. Em 30 dias o parlamentar definirá se muda seu título de eleitor para o São Paulo e, segundo Campos, a definição de uma candidatura à Presidência só viria em março.
"O PSB deseja uma candidatura a presidente da República, mas se ficar evidenciado que a tática que defendemos hoje coloca em risco um projeto (governista), o PSB atuará para unificar as candidaturas", disse Campos após a reunião.
Além do nome da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do próprio Ciro Gomes, o tabuleiro eleitoral ficou bagunçado desde a semana passada quando a senadora do PT Marina Silva (AC) anunciou a possibilidade de deixar a legenda e concorrer à Presidência pelo PV. Apesar de o PV estar na base do governo, essa candidatura teria um teor independente.
"Quanto mais candidaturas vão surgindo, mais vai reforçando a possibilidade de um segundo turno. Não estamos fazendo uma estratégia para perder", disse Campos.
Segundo uma fonte que esteve na reunião do PT e do PSB com Lula, o fator Marina na sucessão de 2010 foi colocado por petistas como fato consumado. Lula teria dito no encontro que "em hora nenhuma pedirei para ela não ser candidata".