O edital da contratação da empresa responsável por instalar equipamentos de segurança no Palácio do Planalto previa um armazenamento de registros por pelo menos seis meses, segundo documentos divulgados pelo Jornal Nacional. O governo exigia fosse feito um back-up (cópia de segurança) e os dados fossem guardados definitivamente.
Em nota, Gabinete de Segurança Institucional (GSI) afirmou que as imagens de câmeras de segurança do Planalto ficam armazenadas apenas por 30 dias e são substituídas por outras gravações.
O comunicado do GSI foi divulgado depois que a oposição solicitou imagens para confirmar ou descartar o suposto encontro entre a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Segundo relato de Lina, Dilma pediu que a ex-chefe do Fisco desse agilidade e terminasse as investigações envolvendo empresas ligadas ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Dilma nega que o encontro tenha ocorrido. Fontes do Palácio do Planalto afirmam que o nome de Lina Vieira não aparece nos registros de dezembro e novembro.
O vice-líder do governo no Senado, Gim Argello (PTB-DF), reafirmou a versão do GSI ao Jornal Nacional . "Os dados são por seis meses, as imagens, por 30 dias", disse.