A filiação da senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao Partido Verde e sua provável candidatura à presidência do País em 2010, mudaram a política ambiental do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o jornal espanhol, El Páis. Maria deixou o Partido dos Trabalhadores em agosto, após três décadas de militância no partido do presidente Lula.
De acordo com o jornal, Lula, que possui um formidável olfato político, ordenou que fosse arquitetado, em caráter de urgência, um plano de desenvolvimento sustentável centrado na Amazônia. Um projeto que, segundo o El País, já é chamado de PAC do meio ambiente.
O jornal também cita que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, conhecida e como mãe do PAC, agora será também conhecida como a mãe de outro PAC, o do meio ambiente.
O PAC foi duramente criticado por Marina, quando ela estava à frente do ministério do Meio ambiente. Suas divergências políticas com Dilma teriam influenciado a sua saída da pasta.
Marina já declarou que o Partido Verde deve se reestruturar para buscar militantes preocupados questões ambientais brasileiras, além da possibilidade de o País se converter em uma potência mundial para combustíveis alternativos.
O jornal espanhol cita as críticas de Marina sobre o caráter de urgência para a aprovação do projeto para a exploração do pré-sal na costa brasileira. "É fundamental que nos atenhamos à autoridade dos argumentos e não aos argumentos das autoridades", disse ela ao jornal.