Mantega nega que governo trabalhe com meta para o dólar

 

Economia - 19/11/2009 - 20:25:56

 

Mantega nega que governo trabalhe com meta para o dólar

 

Da Redação com Abr

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou hoje (18) que o governo trabalhe com uma meta para a taxa de câmbio. Segundo ele, o dólar mais alto beneficiaria as exportações e melhoraria a competitividade dos produtos brasileiros no exterior, mas isso não significa que a equipe econômica tenha estabelecido uma taxa ideal.

Mantega esclareceu declarações dadas ontem (17) em palestra a empresários, quando comentou um estudo da consultoria norte-americana Goldman&Sachs que apontava que a taxa de câmbio de equilíbrio para o Brasil seria de R$ 2,60.

Na avaliação do ministro, o câmbio de equilíbrio é difícil de estabelecer porque as variáveis da economia brasileira se modificam o tempo todo. "Não é minha estimativa que o câmbio ideal seja de R$ 2,60. Apenas falei que, se fosse esse o câmbio, o Brasil seria muito mais competitivo", afirmou.

Para Mantega, a cobrança de IOF sobre as aplicações de estrangeiros em renda fixa (títulos) e renda variável (ações) surtiu em resultados satisfatórios. "A medida foi positiva e atingiu o objetivo, que é atenuar a tendência de excesso de valorização do real", disse.

No início de outubro, o dólar valia R$ 1,90. Em 19 de outubro, quando foi anunciada a taxação do capital estrangeiro, o câmbio valia R$ 1,71, a mesma cotação registrada hoje. "De lá para cá, o dólar subiu em alguns momentos e desceu em outros, mas a cotação está relativamente estável. Conseguimos retardar bastante o ritmo de valorização do real", destacou o ministro.

Mantega afirmou ainda que o fluxo cambial (que mede a entrada de recursos externos no país) caiu consideravelmente desde a introdução do IOF sobre as aplicações de estrangeiros. Apesar dessa redução, a Bolsa de Valores foi pouco afetada.

"É importante ressaltar que a Bolsa de São Paulo não recuou e está em torno dos 68 mil pontos", destacou o ministro. De acordo com Mantega, a introdução da alíquota de 1,5% para o lançamento de ações de empresas brasileiras no exterior pretende apenas corrigir uma possível migração de capitais para a Bolsa de Nova York. "Isso não indica que houve desvio maçico de recursos na bolsa e, se houve, agora estamos corrigindo", completou.

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