Muito emocionada, a viúva do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, Rony Golabek, afirmou que o político foi um injustiçado e que pretende provar isso. "Ele foi o Judas da política e eu ainda vou provar isso", disse chorando.
Ela afirmou que o marido era uma pessoa realmente boa e foi uma vítima das circunstâncias na vida pública. "Na política, você tem que ter um escudo, e ele não tinha esse escudo", disse. Questionada se Pitta sofria com as supostas perseguições, Rony disse: "eu é que sofria com as injustiças contra ele. Ele nunca reclamou de nada".
Amiga de Celso Pitta desde 1997, a dermatologista Ligia Kogos disse no velório do ex-prefeito, na Assembléia Legislativa de São Paulo, que ele "sabia ter caído em uma armadilha política da qual dificilmente conseguiria sair". Apesar disso, Pitta se ressentia pelo abandono dos antigos parceiros políticos. "Ele não esperava tal abandono. Isso o abalou muito", afirmou.
Pitta, 63 anos, morreu às 23h50 desta sexta-feira em decorrência de um câncer disseminado no intestino, que vinha sendo tratado desde janeiro deste ano. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês desde o último dia 3.