O líder do DEM no Senado, José Agripino (DEM-RN), afirmou na sexta-feira estranhar que a denúncia de um suposto esquema de propina à "base aliada" do governo de José Roberto Arruda (DEM), no Distrito Federal, aconteça às vésperas de um ano eleitoral.
É estranho que esse fato apareça agora no fim de ano às vésperas do processo eleitoral. É um processo nebuloso que ainda precisa de esclarecimentos", disse. "Não ficou claro se envolve o governador. E o DEM mantém a confiança no nosso governador para esclarecer tudo, tanto do ponto de vista da acusação como da defesa."
Aproximadamente 150 agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em empresas, residências e gabinetes de deputados distritais e apreenderam, ao todo, R$ 700 mil em dinheiro. A Operação Caixa de Pandora apreendeu ainda computadores, documentos e mídias.
O secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, foi o colaborador da investigação e gravou uma conversa em que o governador apareceria negociando com ele o destino de R$ 400 mil.
Em outro trecho, segundo o despacho do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou as buscas e apreensões, consta a informação de que o dinheiro seria dividido entre deputados distritais da "base aliada".