O corpo da adolescente Jenyfer Sthefane, de 16 anos, será enterrado às 9h desta segunda-feira (30) em Praia Grande, no Litoral Sul de São Paulo. A jovem morreu após uma parada cardiorrespiratória na sexta-feira (27) em um hospital de Osasco, na Grande São Paulo. A família suspeita que a morte dela tenha sido provocada pelo uso de anabolizantes.
Jenyfer abandonou a escola há três anos e passava o dia na academia em Praia Grande, onde morava com a avó. Ela adorava tatuagens, e foi para fazer mais uma que ela foi até o estúdio de um amigo em Osasco na terça-feira (24).
O boletim de ocorrência feito na polícia informa que a vítima teve parada cardiorrespiratória após tomar anestesia. O tatuador nega. “Ela estava indo muito ao banheiro e, em uma das vezes que voltou, estava pálida. Quando ia falar, caiu no chão e começou a tremer. Gritei e chamei o Samu”, disse Fernando Corrêa. “Ela se queixava de dor na barriga, estava inchada”, completou.
De acordo com o Hospital Municipal Antônio Giglio, a adolescente chegou ao local em estado grave, chegou a ser reanimada pelos médicos, mas acabou sendo levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde foi constatada a morte cerebral.
O laudo da necropsia do Instituto Médico-Legal vai esclarecer o que levou à parada cardíaca. Ele sai em até 45 dias. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte da garota.
Anabolizantes
A mãe da jovem, a bartender Andrenes Augusta da Silva, mora nos Estados Unidos e não se encontrava com a filha há 5 anos. Ela contou que quando ligava percebia mudanças na voz da adolescente e que sabia que ela usava anabolizantes. No velório, amigos da academia também confirmaram o consumo dos produtos.
O diretor médico do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas diz que o uso de anabolizantes em excesso e sem o acompanhamento de um profissional pode levar a uma parada cardíaca.
“Os jovens adolescentes estão procurando a figura do corpo perfeito. E como eles não têm dinheiro ou não têm informação, acabam usando ou procurando profissionais não bons e aí então eles correm risco com o próprio corpo e a própria vida”, explicou Anthony Wong.