A assessoria de José Dirceu afirma que o ex-ministro da Casa Civil não teve nenhum encontro com o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), para forçar a desistência de Ciro Gomes na sucessão presidencial. Segundo o relatado, houve um desencontro de agenda na passagem do petista por Fortaleza, no início deste ano. Procurado pela asssessoria, Dirceu não foi localizado.
Na noite desta sexta, em entrevista ao Jornal do SBT, Ciro afirmou que Dirceu esteve na casa do irmão e disse que o PT retiraria o apoio a Cid, caso o PSB tivesse candidatura própria à presidência. "Esse eu já mandei pastar", atacou Ciro. "É porque eu posso fazer isso, ele é um amigo, mas às vezes ele perde a humildade ele tem que ser devolvido ao lugar."
No bloco seguinte, o pré-candidato acrescentou que a presença de Dirceu na coordenação da campanha de Dilma Rousseff (PT) era um "desacato ao judiciário, à opinião pública", pois ele "não se desvencilhou dos problemas" em que esteve envolvido (referiu-se à cassação dos direitos políticos).
Os conflitos entre Dirceu e Ciro teriam se agravado depois de uma crítica do petista à composição do palanque regional no Ceará. A aliança PT-PSB estaria ameaçada, no Estado, pelo lançamento de duas candidaturas à presidência.
