Lula dá bronca e leva Dilma para panfletar na porta de fábrica

 

Politica - 24/08/2010 - 21:47:01

 

Lula dá bronca e leva Dilma para panfletar na porta de fábrica

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Dilma faz campanha na madrugada com Lula que dá bronca na candidata na frente de todos.

Dilma faz campanha na madrugada com Lula que dá bronca na candidata na frente de todos.

Especial Eleições 2010

O reencontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a panfletagem na porta da fábrica começou em ritmo de comício, na madrugada desta segunda-feira (23), em São Bernardo do Campo, berço político do sindicalismo que culminaria com a criação do Partido dos Trabalhadores. No entanto, um pouco contrariado, o próprio presidente tomou o microfone e anunciou, frente a militantes e trabalhadores da Mercedes-Benz aglomerados na entrada principal da montadora, que o evento político em favor da candidata à presidência da República, Dilma Rousseff (PT) não era para ser dessa forma.

"Olha, foi armada uma estrutura de comício, mas a ideia era mais simples, era apertar a mão de cada um na chegada. Não é sempre que a gente tem uma candidata pra ir à porta de fábrica pra abraçar os companheiros. Não é fazer comício. Não é sempre que uma presidente da República pode vir aqui!", ralhou, levantando o braço de Dilma. "Vocês se organizem e depois vamos descer", ordenou o presidente.

"Prometo não falar de futebol!", provocou Lula, visivelmente feliz com a vitória corintiana no clássico deste domingo frente ao São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro. "Como eu vou perder o emprego no dia 1º de janeiro, tenho que praticar e nada como voltar a entregar panfleto outra vez", brincou logo depois.

Inicia-se uma sequência de discursos rápidos. Mercadante, Dilma e Lula. A candidata promete "seguir o caminho" do líder. Olhares silenciosos dos trabalhadores. Por duas vezes, um grito: "Quebra tudo, Dilma!".

Na multidão, o presidente identifica o sindicalista Zé do Mato, amigo dos tempos das greves no ABC, que "começou a trabalhar na Mercedes antes de ter Mercedes no Brasil". "Tá vendo aquele companheiro careca?", perguntou à ex-ministra. "De vez em quando, ele queria me mandar uma galinha de angola, que nem podia andar de tanta fome!".

Vem a promessa de atuar como mediador dos trabalhadores. "Não serei apenas seu ajudante, mas vou ajudar o pessoal(dos sindicatos) a telefonar: Presidente, lembra daquela promessa na porta da fábrica, às seis da manhã?". Inquieto para descer ao chão, Lula encurta a fala. "Tenho a convicção de que se Deus está conosco, quem está contra nós?".

Hora da velha planfletagem. Fotógrafos e jornalistas se atropelam e terminam represados em barras de alumínio pela assessoria. Os operários formam uma fila, com o cartão de ponto entre os dedos.

"Dá um panfleto só, presidente!", clama um fotógrafo.

"Vou dar um panfleto", aceita Lula.

Ele pega adesivos da campanha de Dilma e começa a colar nas camisas dos operários. Dilma, sem traquejo, reage aos empurrões com sorrisos. A primeira-dama Marisa Letícia, sempre em blazer vermelho, se diverte com o assédio. Palocci e João Santana, que levou sua equipe de filmagem, ficam à margem do tumulto, numa conversa amena. Na confluência de abraços, Lula e Dilma são conduzidos para um café da manhã com patrões e empregados.

Dilma faz campanha na madrugada com Lula que dá bronca na candidata na frente de todos.

Dilma faz campanha na madrugada com Lula que dá bronca na candidata na frente de todos.

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