O sequestro de um ônibus em Manila, capital das Filipinas, terminou nesta segunda-feira com a morte do sequestrador e oito reféns, todos turistas chineses, após um cerco policial e quase 12 horas de tensão.
Além dos mortos, outras sete pessoas que estavam dentro do ônibus sobreviveram com ferimentos e estão recebendo tratamento médico.
A TV local mostrou pelo menos quatro pessoas saindo do veículo por uma janela durante o cerco. Mais cedo, nove haviam sido libertadas e o motorista escapou, deixando 15 pessoas a bordo.
O ex-policial Rolando Mendoza foi identificado como o responsável pelo sequestro, que foi acompanhado ao vivo por emissoras em todo o mundo. Ele estava armado com um fuzil M16 e teria pedido carona ao motorista do ônibus, antes de sequestrar o veículo.
Exonerado
A polícia afirmou que 25 pessoas foram feitas reféns no ônibus no fim do domingo, sendo que 22 eram turistas de Hong Kong, e outras três, filipinas - o motorista, um guia e um fotógrafo.
Mendoza, um detetive que foi expulso da polícia filipina em 2008 por acusações de roubo e de tráfico de drogas, teria exigido seu emprego de volta para libertar os reféns, segundo a imprensa local.
Na segunda-feira, o sequestrador colocou uma placa na janela do ônibus, afirmando que a crise seria resolvida até as 3h da tarde de segunda-feira (4h da manhã, no horário de Brasília), mas nada aconteceu após o término do prazo.
Segundo a correspondente da BBC no sudeste asiático Rachel Harvey, depois de horas de uma calma relativa nas negociações entre o criminoso e a polícia, o sequestrador disse a uma rádio local que estava disposto a matar alguns dos reféns. Pouco depois, disparos foram ouvidos.
Policiais armados então cercaram o ônibus e quebraram janelas na tentativa de entrar. Quando conseguiram, foram recebidos com mais tiros e tiveram que recuar por um momento, voltando a invadir o veículo em seguida.
Pouco depois, imagens de TV mostraram o corpo de um homem, que seria o sequestrador, caído na frente do ônibus. Ele teria sido atingido por atiradores de elite da polícia.
Harvey disse que Mendoza teria recebido treinamento em táticas policiais e, por isso, saberia o que esperar das forças de segurança nessa situação - o que levou a polícia a aumentar sua cautela.