Especial Eleições 2010
Além do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge, a Receita Federal violou, sem razões profissionais legais, os sigilos fiscais de outras três pessoas ligadas ao PSDB. Em Mauá (SP), foram vasculhadas informações do Imposto de Renda do ex-ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, do ex-diretor da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) Ricardo Sérgio e de Gregorio Marin Preciado, ligado ao presidenciável José Serra. Procurada pelo reportagem, a Corregedoria da Receita não comentou o caso.
Os acessos imotivados dos levantamentos de IR dos quatro tucanos foram feitos, segundo o PSDB, em diversos horários no dia 8 outubro. O partido ainda não tomou uma decisão sobre os eventuais desdobramentos políticos por conta da quebra dos sigilos.
Nas investigações da Corregedoria do Fisco, a servidora Antonia Aparecida Neves Silva é apontada como dona da senha que abriu os dados confidenciais, ao passo que o terminal usado foi o da servidora Adeilda Ferreira Leão dos Santos. As duas negam envolvimento no caso.
Na próxima semana, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado, controlada por oposicionistas, pretende ouvir - entre outros - depoimentos do ex-presidente da Previ, Sérgio Rosa, e do ex-gerente de planejamento do fundo, Gerardo Santiago, que admitiu existir uma "fábrica de dossiês" montada pelo governo Lula para espionar adversários políticos.