A rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou seis pontos desde outubro, segundo pesquisa inédita do Ibope, divulgada com exclusividade pelo Estado de S. Paulo.
Segundo a pesquisa, 61% dizem que não votariam de jeito nenhum em Lula para presidente. É a maior taxa de rejeição entre seis presidenciáveis testados pelo Ibope.
Nos últimos quatro meses, quando a crise econômica se aprofundou e o noticiário imobiliário sobre o ex-presidente se generalizou, o potencial de voto de Lula caiu de 41% para 33%.
Hoje, só um terço dos eleitores brasileiros diz que votaria com certeza (19%) ou poderia votar (14%) no petista. O resto não respondeu ou disse não conhecê-lo o suficiente para opinar.
Sua maior perda de cacife eleitoral foi no Nordeste, onde, pela primeira vez em dez anos, o potencial de voto do ex-presidente (47%) se equivale tecnicamente à sua rejeição (48%).
A rejeição aos seus potenciais adversários de Lula em 2018 varia dos 42% de Marina Silva aos 52% de José Serra, com Aécio Neves (44%), Geraldo Alckmin (47%) e Ciro Gomes (45%) no meio – incluídos aí os 7% de eleitores que rejeitam todos os seis.
Os 19% de votos “certos” de Lula hoje, eram 23% quatro meses atrás e 33% há menos de dois anos. Nota-se que “certeza” não pode ser dada para um pleito que irá se realizar apenas em 2018. E como a crise econômica só faz piorar, a curva descendente de Lula pode afundar ainda mais.
A pesquisa Ibope mostra é que a rejeição a Lula foi a única que cresceu desde outubro de 2015. Marina caiu oito pontos; a de Ciro, sete; a de Alckmin, cinco; as de Aécio e Serra oscilaram negativamente, dentro da margem de erro.
Nenhum dos cinco adversários de Lula conseguiu transformar essa menor rejeição em simpatizantes fiéis. Todos continuam com taxas de votos “certos” e “potenciais” equivalentes às que tinham em outubro: 41% (13% de “com certeza” mais 28% de “poderia votar”) para Marina, 40% (15% + 25%) para Aécio, 32% (8% + 24%) para Serra, 30% (23% + 7%) para Alckmin, e 19% (4% + 15%) para Ciro.